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Rolls-Royce “mete o turbo” no navio de Mário Ferreira na Antártida
A Rolls-Royce acaba de confirmar, em comunicado, que assinou um acordo com a West Sea, do grupo Martifer, para equipar o primeiro navio oceânico do empresário Mário Ferreira, que vai fazer cruzeiros de expedição na Antártida.
Mário Ferreira já tinha revelado ao Negócios, na edição de 24 de Julho passado, que todo o equipamento tecnológico do seu primeiro navio oceânico, que está a ser construído nos estaleiros navais de Viana do Castelo, do grupo Martifer, iria ter a chancela da Rolls-Royce.
Esta quinta-feira, 3 de Agosto, em comunicado, a prestigiada marca confirma que "a Rolls-Royce assinou um acordo com a West Sea, participada do grupo Martifer, para equipar um navio cruzeiro expedicionário para a companhia portuguesa Mystic Cruises", empresa do grupo de Mário Ferreira.
O MS World Explorer, assim se vai chamar o navio, deverá custar mais de 70 milhões de euros e ficar pronto em Outubro de 2018. Com 126 metros de comprimento e 19 de largura, a embarcação que vai fazer cruzeiros na Antártida terá 9.400 toneladas e capacidade para cerca de 200 pessoas e 111 tripulantes.
A nível tecnológico, o navio será todo "made in" Rolls-Royce.
"Os motores, o sistema de propulsão, automação, o controlo de posicionamento dinâmico e o ‘cérebro’ central de controlo do navio será Rolls-Royce", frisou Mário Ferreira, em declarações ao Negócios, a 24 de Julho passado.
"A nossa experiência com todos os aspectos do design e construção de um navio permite-nos ajudar a Mystic Cruises a considerar cuidadosamente o perfil operacional do MS World Explorer e identificar a combinação óptima de tecnologia a usar para reduzir as emissões [poluentes] e alcançar um melhor desempenho em termos de economia de combustível", afirma John Roger Nesje, vice-presidente da Power Electric Systems, da Rools-Royce.
No mesmo comunicado divulgado esta quinta-feira, Mário Ferreira enfatiza o facto de, "sendo uma das últimas regiões inexploradas do mundo, a Antártica representa um desafio único para as companhias de cruzeiros", dizendo-se "muito satisfeito por trabalhar com uma empresa líder da indústria, como a Rolls-Royce", considerando que tomou a decisão certa ao "optar pela tecnologia híbrida que a Rolls-Royce propôs".
(Notícia actualizada às 11:12)