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Mário Ferreira: "Fará sentido um IPO daqui a três anos ou quatro anos“
O líder da Douro Azul não descarta retomar a ideia de ir para a bolsa. Mas dada a internacionalização da empresa pondera ir para um mercado lá fora.
Há oito anos a Douro Azul esteve a postos para entrar em bolsa, mas acabou por não dar esse passo. Apesar da empresa não ter ido para o mercado, Mário Ferreira considera que esse processo de ida para o mercado acabou por ter vantagens. E pondera estudar uma ida para a bolsa nos próximos três a quatro anos. Mas provavelmente num mercado no estrangeiro, dada a internacionalização da empresa.
"A nossa maior empresa já é na Alemanha. Fará sentido fazer um IPO [oferta pública inicial] daqui a três a quatro anos. Mas fará sentido fazê-lo noutro sítio", disse o responsável da Douro Azul no Via Bolsa, evento organizado pela Euronext que se realizou esta quarta-feira no Porto.
Apesar do processo de admissão à bolsa não se ter concretizado, Mário Ferreira considera que foi "importante" e que "ainda hoje a empresa beneficia com isso", especialmente em relação "à transparência e à governação". E a empresa já recorreu ao mercado para se financiar através de obrigações.
Apesar de Mário Ferreira apontar a bússola a um mercado no estrangeiro para cotar a sua empresa, Manuel Ferreira da Silva, administrador do BPI, discorda dessa necessidade de optar por mercados de capitais estrangeiros. E dá exemplos de sucesso no mercado nacional, como a Corticeira Amorim.
"Não é preciso ir cotar numa bolsa lá fora", defende o responsável do BPI. Manuel Ferreira da Silva observa que no mercado português "existem investidores". E que o problema é de falta de oferta de empresas para investir. "A oferta está muito reduzida".
E revela o exemplo que considera ser de sucesso da Corticeira Amorim e do trabalho que foi feito na identificação da procura e em encontrar a história certa para mostrar aos investidores. Isso, em paralelo com o aumento do free float da empresa, resultou num desempenho positivo das acções.