Notícia
Mário Ferreira investe 70 milhões em cruzeiros na Antártida
O dono da Douro Azul encomendou aos estaleiros navais de Viana, da Martifer, a construção do primeiro navio oceânico Explorer do grupo, que vai fazer cruzeiros de expedição na Antártida. Custa mais de 70 milhões de euros e vai ter motores Rolls-Royce.
Após ter colocado o rio Douro no mapa turístico internacional e, com a compra da Nicko, se ter tornado um dos tubarões mundiais dos cruzeiros fluviais, Mário Ferreira decidiu zarpar para uma nova aventura marítima: o negócio dos cruzeiros de expedição na Antártida, tendo encomendado à West Sea, do grupo Martifer, o primeiro navio oceânico do grupo, que deverá ser lançado à água no final do próximo ano.
Inicialmente indisponível para abrir o jogo sobre esta nova frente empresarial, Mário Ferreira, quando confrontado pelo Negócios com uma informação da Rolls-Royce sobre a matéria, acabou por confirmar que o novo navio já está em construção nos estaleiros navais de Viana do Castelo. "Ficará pronto em Outubro de 2018 e começará a operar no mês seguinte", revelou o empresário.
Sem querer revelar o valor exacto do investimento, o dono da Douro Azul e da Nicko adiantou que, "neste momento, há cerca de uma dezena de navios deste tipo em construção, no mundo, com o custo por embarcação a andar entre os 70 milhões e os 100 milhões de euros". No caso da sua "holding" pessoal, como irá financiar a conquista da Antártida?
Lamentando o facto de ter sido chumbada a candidatura deste projecto aos fundos comunitários, Mário Ferreira avançou que a operação será suportada "por dois empréstimos obrigacionistas, no valor global de 50 milhões de euros, e o restante com o apoio da Caixa Geral de Depósitos, do Montepio e do Banco Carregosa", detalhou.
Projectado pelo arquitecto naval italiano Giuseppe Tringali, o MS World Explorer, assim se chamará o novo navio, vai oferecer itinerários de cruzeiros de expedição na Antártida durante quatro meses, entre Novembro e Março, com partida em Ushuaia, cidade situada na ponta sul da Argentina. As viagens, segmentadas em etapas de 10 dias, terão um preço a rondar "os mil euros por noite".
O navio já está completamente fretado pela operadora internacional Polar Cruise Company Quark Expeditions. "Já tenho esses meses vendidos por duas temporadas, prazo renovável por igual período", garantiu Mário Ferreira. Para o resto da temporada, o World Explorer irá visitar "pequenos e distintos portos ao redor do mundo, normalmente não acessíveis a navios de cruzeiros maiores", através da Nicko Cruises.
Com 126 metros de comprimento e 19 de largura, o World Explorer, de 9.400 toneladas, terá capacidade para cerca de 200 passageiros e 111 tripulantes. O navio terá uma velocidade de cruzeiro operacional de 16 nós, com um casco reforçado e hélices para atravessar o gelo. A nível tecnológico, a embarcação levará a assinatura da prestigiada Rolls-Royce.
"Os motores, o sistema de propulsão, automação, o controlo de posicionamento dinâmico e o ‘cérebro’ central de controlo do navio será Rolls-Royce", enfatizou Mário Ferreira. "Para nós é essencial ter uma solução sustentável, eficiente e ambientalmente ‘amiga’. É por isso que optámos pela tecnologia híbrida proposta pela Rolls-Royce", frisou o empresário.
Sem apoios públicos, Ferreira afiança que "será muito difícil" que os próximos navios oceânicos que pretende encomendar venham a ser construídos em Portugal.
Com a compra da Nicko Cruises, Mário Ferreira tornou-se um dos tubarões mundiais dos cruzeiros fluviais, com duas dúzias de navios-hotel a operar em 15 rios em três continentes. E assim o grupo triplicou em 2016 a facturação para 105 milhões de euros.
Hotéis, o Tua e o museu dos descobrimentos
Entre outros negócios, Mário Ferreira está a investir na construção de três hotéis, no Porto e em Gaia; requalificou as antigas instalações gaienses da Real Companhia Velha; tem em curso o desenvolvimento do projecto turístico da Linha do Tua; explora o World of Discoveries; e tem negócios descobertos na pele de "tubarão" do programa de TV "Shark Tank".
Inicialmente indisponível para abrir o jogo sobre esta nova frente empresarial, Mário Ferreira, quando confrontado pelo Negócios com uma informação da Rolls-Royce sobre a matéria, acabou por confirmar que o novo navio já está em construção nos estaleiros navais de Viana do Castelo. "Ficará pronto em Outubro de 2018 e começará a operar no mês seguinte", revelou o empresário.
Lamentando o facto de ter sido chumbada a candidatura deste projecto aos fundos comunitários, Mário Ferreira avançou que a operação será suportada "por dois empréstimos obrigacionistas, no valor global de 50 milhões de euros, e o restante com o apoio da Caixa Geral de Depósitos, do Montepio e do Banco Carregosa", detalhou.
Projectado pelo arquitecto naval italiano Giuseppe Tringali, o MS World Explorer, assim se chamará o novo navio, vai oferecer itinerários de cruzeiros de expedição na Antártida durante quatro meses, entre Novembro e Março, com partida em Ushuaia, cidade situada na ponta sul da Argentina. As viagens, segmentadas em etapas de 10 dias, terão um preço a rondar "os mil euros por noite".
O navio já está completamente fretado pela operadora internacional Polar Cruise Company Quark Expeditions. "Já tenho esses meses vendidos por duas temporadas, prazo renovável por igual período", garantiu Mário Ferreira. Para o resto da temporada, o World Explorer irá visitar "pequenos e distintos portos ao redor do mundo, normalmente não acessíveis a navios de cruzeiros maiores", através da Nicko Cruises.
Com 126 metros de comprimento e 19 de largura, o World Explorer, de 9.400 toneladas, terá capacidade para cerca de 200 passageiros e 111 tripulantes. O navio terá uma velocidade de cruzeiro operacional de 16 nós, com um casco reforçado e hélices para atravessar o gelo. A nível tecnológico, a embarcação levará a assinatura da prestigiada Rolls-Royce.
"Os motores, o sistema de propulsão, automação, o controlo de posicionamento dinâmico e o ‘cérebro’ central de controlo do navio será Rolls-Royce", enfatizou Mário Ferreira. "Para nós é essencial ter uma solução sustentável, eficiente e ambientalmente ‘amiga’. É por isso que optámos pela tecnologia híbrida proposta pela Rolls-Royce", frisou o empresário.
Sem apoios públicos, Ferreira afiança que "será muito difícil" que os próximos navios oceânicos que pretende encomendar venham a ser construídos em Portugal.
"Tubarão" ganha por ar, terra, rio e mar
Mário Ferreira tem dezenas de navios espalhados pelo mundo, hotéis no Porto e em Gaia, helicópteros e o World of Discoveries.
Maior operador no rio Douro
Mário Ferreira é dono da Douro Azul, a maior operadora portuguesa de cruzeiros, com uma frota de 13 navios-hotel no rio Douro e mais dois a caminho, a que acrescem iates, barcos rabelo e até helicópteros.
Com a compra da Nicko Cruises, Mário Ferreira tornou-se um dos tubarões mundiais dos cruzeiros fluviais, com duas dúzias de navios-hotel a operar em 15 rios em três continentes. E assim o grupo triplicou em 2016 a facturação para 105 milhões de euros.
Hotéis, o Tua e o museu dos descobrimentos
Entre outros negócios, Mário Ferreira está a investir na construção de três hotéis, no Porto e em Gaia; requalificou as antigas instalações gaienses da Real Companhia Velha; tem em curso o desenvolvimento do projecto turístico da Linha do Tua; explora o World of Discoveries; e tem negócios descobertos na pele de "tubarão" do programa de TV "Shark Tank".