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Mário Ferreira desafia Ana Gomes a “libertar-se do escudo protector”

O presidente da Douro Azul desafia a eurodeputada Ana Gomes a “libertar-se do escudo protector que lhe é dado pela imunidade parlamentar e colocar-se à disposição da Justiça portuguesa”.

A Douro Azul, que diz não ter salários mínimos na empresa, propõe a redução do IRC como alternativa.
14 de Junho de 2017 às 13:44
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Após o Parlamento Europeu ter anunciado, na passada segunda-feira, que recebeu do Ministério Público do Peso da Régua um pedido de levantamento da imunidade parlamentar de Ana Gomes, na sequência de uma queixa do grupo Douro Azul, o empresário Mário Ferreira e a eurodeputada têm protagonizado um aceso despique de acusações mútuas.

 

Hoje, 14 de Junho, a Douro Azul emitiu um comunicado em que "reafirma a sua vontade no levantamento da imunidade parlamentar da eurodeputada Ana Gomes, solicitada ao Parlamento Europeu, a fim de poder provar as insinuações e calúnias que dirigiu à empresa Douro Azul e ao seu presidente e fundador Mário Ferreira".

 

O empresário acusa Ana Gomes de, "no estilo trauliteiro que lhe é habitual", ter "insinuado" publicamente, há cerca de um ano, "sem avançar qualquer prova, que a empresa teria pactuado com alguma situação menos transparente".

 

As declarações da eurodeputada ocorreram em Abril do ano passado, ao DN, e ocorreram no âmbito de uma investigação do Ministério Público à venda do navio Atlântida à Douro Azul.

 

Entretanto, "a sra. eurodeputada voltou, nos últimos dias, a fazer referência à Douro Azul e ao seu Presidente, primeiro reafirmando as insinuações e calúnias feitas no passado e depois, numa pirueta verbal, tentando esclarecer que nunca acusou ninguém de corrupção no caso do navio Atlântida e que se referiu apenas a um comunicado do Ministério Público, fazendo ainda alusão a uma ‘carapuça’ que, certamente, ela própria enfiou", contrapõe Mário Ferreira, ainda no mesmo comunicado, intitulado "Eurodeputada Ana Gomes dá o dito por não dito".

 

Ora, se Ana Gomes "está tão certa da razão que lhe assiste deveria, antes e em prol da transparência que tanto apregoa, libertar-se do escudo protector que lhe é dado pela imunidade parlamentar e colocar-se à disposição da justiça portuguesa", desafio o dono da maior operadora de cruzeiros no rio Douro.

 

Caso a imunidade parlamentar de Ana Gomes não seja levantada, por decisão da própria ou do Parlamento Europeu, Mário Ferreira lembra que tal "não será definitiva", pelo que, garante, "esperará o tempo que for necessário até que o seu estatuto de deputada portuguesa ao Parlamento Europeu termine ou voluntariamente decida enfrentar a Justiça portuguesa".

 

Quanto à Douro Azul e seu presidente, Mário Ferreira reafirma a sua disponibilidade "para colaborar com as autoridades portuguesas" no inquérito em curso sobre a venda do navio Atlântida.




(Notícia actualizada às 13:48)

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