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Jerónimo Martins de olhos postos em investimentos para proteger cadeia de abastecimento

Dona do Pingo Doce, que investiu 230 milhões no agroalimentar nos últimos dez anos estuda necessidade de avançar com eventual investimento para proteger a cadeia de abastecimento.

Miguel Baltazar
07 de Março de 2024 às 17:34
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O presidente do conselho de administração da Jerónimo Martins afirmou, esta quinta-feira, que o grupo vai avaliar a necessidade de fazer investimentos a pensar na proteção da cadeia de abastecimento em face dos tempos que grassam.

"Tendo em consideração o ambiente que se vive na Europa neste momento, iremos tentar ver se há algum investimento que tenhamos de fazer para proteger a nossa cadeia de abastecimento, porque a autossuficiência alimentar da Europa para nós é crucial e a proximidade é crucial e não queremos deixar morrer algumas áreas que consideramos cruciais", disse Pedro Soares dos Santos, aos jornalistas, durante a conferência de imprensa de apresentação dos resultados de 2023.

Já no segmento agroalimentar propriamente dito, a aposta manter-se-á. "Temos a parte agrícola, onde temos feito grandes investimentos nos últimos anos e vamos continuar a fazer", disse, indicando que desde que a Jerónimo Martins criou, em 2014, essa unidade de negócio, com o objetivo de salvaguardar a capacidade de as companhias de retalho alimentar do grupo se abastecerem diretamente de produtos estratégicos, garantindo segurança alimentar e disponibilidade, foram investidos 230 milhões de euros.

Esse investimento, que vai desde os animais até aos lacticínios, passando pelas frutas, resulta de "uma preocupação de proteção da cadeia, por um lado, trazendo algum valor acrescentado também para o grupo, mas também, por outro, procura fazer de forma diferente, lançando modos de produção distintos", complementou o CEO da Jerónimo Martins Agroalimentar, António Serrano, apontando como exemplo a área orgânica.

"Já temos um portefólio muito importante na área da produção e o país precisa que grupos como a Jerónimo Martins continuem a fazer este trabalho, porque precisamos de ter uma agricultura viável - diria em toda Europa e, naturalmente, também em Portugal - que possa conciliar estas preocupações também com a responsabilidade ambiental. É isso que estamos a fazer e iremos continuar a fazer", afirmou.
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