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Interessados na EGF têm até 24 de Março para pedir informação sobre privatização
Parpública publicou anúncio na imprensa a dar conta do anúncio informal e preliminar da privatização da empresa de gestão de resíduos da AdP - Águas de Portugal.
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Os investidores que estejam interessados em participar na privatização da EGF - Empresa Geral do Fomento têm até 24 de Março para pedir informações sobre a operação.
“Poderá ser obtida informação preliminar sobre esta possível transacção por parte das empresas que, até 24 de Março, manifestem um interesse sério em investir no negócio e contactem para o efeito qualquer um dos assessores financeiros da Parpública”, refere um anúncio da empresa que gere as participações do Estado, que foi publicado esta quarta-feira em vários jornais nacionais.
O Banco Big e o Citi são os bancos que estão a assessorar a Parpública nesta operação, que foi já aprovada em conselho de ministros e passará pela venda de toda a posição que o Estado detém na companhia.
O processo de venda estabelece que o caderno de encargos seja aprovado pelo Governo em Março, altura em que o Executivo irá contactar os municípios para saber quais são as suas intenções relativamente às participações minoritárias que têm na companhia.
Segundo revelou o ministro do Ambiente, Jorge Moreira da Silva, na passada quinta-feira, o calendário definido pelo Governo para a privatização da EGF através de um concurso público internacional prevê que os interessados façam ofertas iniciais pela empresa no final de Abril e que as propostas vinculativas sejam apresentadas no final de Junho.
No anúncio publicado esta quarta-feira, 5 e Fevereiro, a Parpública acrescenta que o concurso público para a privatização da EGF será “transparente, competitivo e previamente publicitado, em linha com as exigências do direito nacional e da União Europeia”.
Nesta privatização, o futuro comprador da EGF não poderá vender a empresa nos primeiros cinco anos. O secretário de Estado das Finanças, Manuel Rodrigues, informou também que será reservada uma tranche de até 5% para uma oferta de acções aos trabalhadores.
Entre as empresas que já manifestaram interesse em participar na privatização da EGF encontram-se a chinesa Beijing Enterprises Water Group, que em Março investiu 95 milhões de euros em Portugal, as brasileiras Solvi e Odebrecht, bem como a Mota-Engil. Fonte conhecedora do processo assegurou ao Negócios, em Novembro, que há "mais de meia dúzia" de interessados na privatização da EGF.
A EGF conta hoje com 11 subsidiárias, que prestam serviços de recolha e gestão de resíduos de Norte a Sul do País, cobrindo 174 municípios e 6,4 milhões de habitantes. Em 2012, a EGF teve um volume de negócios de 157 milhões de euros e um lucro de 15 milhões. O grupo conta com cerca de 2 mil trabalhadores.