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Ikea Portugal aumenta salário mínimo para 600 euros
Além do rendimento mínimo, a empresa sueca vai também subir o salário dos seus trabalhadores em 2,38%, uma decisão que justifica com a "aposta no desenvolvimento das pessoas".
A Ikea Portugal anunciou esta quarta-feira, 20 de Janeiro, que vai aumentar o salário mínimo dos seus colaboradores a tempo inteiro para 600 euros brutos mensais.
Além do rendimento mínimo, a empresa sueca de mobiliário vai subir em 2,38%, em média, o salário dos seus colaboradores, uma decisão justificada com a aposta no "desenvolvimento das pessoas".
"Para nós, na IKEA, o desenvolvimento do negócio só faz sentido a par do desenvolvimento das nossas pessoas", afirma Christiane Thomas, Retail Manager da Ikea Portugal, citada em comunicado.
"Esta é mais uma das formas de reconhecermos e retribuirmos o seu compromisso [dos funcionários], especialmente dos que estão nos escalões de entrada. Esta decisão vem no seguimento da nossa estratégia de posicionar a Ikea como um dos melhores empregadores globais", acrescenta a responsável.
A estratégia da marca nórdica não se restringe a Portugal. No Reino Unido, por exemplo, a empresa anunciou, em Julho, que irá pagar aos nove mil funcionários do país pelo menos 7,85 libras/hora a partir de Abril de 2016, acima do ordenado mínimo recentemente anunciado de 7,20 libras/hora.
Em Portugal, a Ikea é a segunda empresa estrangeira a anunciar publicamente o aumento do salário mínimo para 600 euros. Em meados de Dezembro, o Lidl, grupo alemão dono de rede de lojas "discount", anunciou que, a partir de 1 de Janeiro de 2016, subiria os salários mínimos que pratica, de 570 euros para 600 euros.
Actualmente com três lojas em Portugal – Alfragide, Loures e Matosinhos - a Ikea planeia inaugurar a quarta, em Braga, já este ano. A nova loja na cidade nortenha abrirá portas no centro comercial Nova Arcada e contará com uma área de 22 mil metros quadrados, distribuídos por dois pisos. É mais um passo no plano de expansão do grupo sueco, que prevê ter 10 lojas em Portugal até 2025.
As vendas do grupo sueco de móveis e decoração subiram mais de 11% no último ano para 32 mil milhões de euros, impulsionadas, sobretudo, pelo crescimento da empresa na China e na Rússia. O objectivo da empresa é atingir vendas de 50 mil milhões de euros em 2020.