No final de Dezembro de 2004, os preços praticados nos postos junto aos hipermercados eram inferiores aos mais elevados praticados no mercado em 3,7 cêntimos/litro, na gasolina sem chumbo 95, e em 6,4 cêntimos/litro, no gasóleo. No conjunto do ano de 2004, a diferença de preços foi de 5,8 cêntimos/litro, para a gasolina, e de 6,2, para o gasóleo.

A decisão do Governo de autorizar a instalação de postos de combustíveis junto aos hipermercados, flexibilizando as regras que têm vindo a ser praticadas desde final de 2002, pode vir a significar grandes poupanças aos consumidores, segundo uma notícia do «Público».

Para tal, basta que a quota de mercado que actualmente têm os hipermercados - e que, segundo a Autoridade da Concorrência (AdC), se situa entre os dois e os três por cento - passe para os 15 por cento, o que pode significar poupanças anuais na ordem dos 86 milhões de euro, por ano.

Os cálculos são da AdC e integram a recomendação que o Ministério da Economia acabou por aceitar, como anunciou ontem. Esses valores podem ascender a 200 milhões de euros, se for tida em conta a diferença entre o preço mais alto praticado nos postos «não-hiper» e o preço mais baixo praticado nos postos «hiper».

Neste momento, existe cerca de meia centena de postos de abastecimento de combustíveis junto de superfícies comerciais, como ontem contabilizou ao «Público» o director-geral da Associação Portuguesa das Empresas de Distribuição (APED), António Rosseau, mas é difícil conseguir antecipar quantos novos pontos de venda podem surgir com esta alteração à portaria que, desde 2002, acabou por impedir a instalação destes postos junto às grandes superfícies ao introduzir a obrigatoriedade de manter um afastamento de 25 metros dos parques de estacionamento, por razões de segurança.