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Dança das cadeiras no mercado automóvel: Volvo e Rolls-Royce com novos CEO
A empresas automóveis Volvo e a Rolls-Royce vão mudar de chefes ainda este ano. As medidas chegam pouco tempo depois da designada “crise de liderança” no grupo Volkswagen.
É uma autêntica dança de cadeiras a que chega esta quarta-feira, 22 de Abril, a público. A Rolls-Royce e a Volvo vão mudar de CEO nos próximos meses. Num caso por falta de concretização dos objectivos fixados, no outro por motivos pessoais.
A primeira mudança dá-se em Julho, com a saída de John Riston da Rolls-Royce, que estava à frente da empresa desde 2011. O gestor será substituído por Warren East, que entrou o ano passado na companhia como director não-executivo, vindo da tecnológica Arm.
Riston sai por vontade própria, mas a decisão não deixou de ser classificada como abrupta. Na semana passada, a Rolls-Royce anunciou a sua maior encomenda de sempre, depois de um período em que lutou para conquistar a confiança dos clientes.
Já Olof Persson sai da Volvo por não ter concretizado os objectivos propostos. A empresa sueca especializada em camiões vai chamar Martin Lundstedt da rival Scania para o cargo. Persson teve em mãos um plano de redução de custos que acabou por representar uma maior pressão por parte dos accionistas. Agora com Lundstedt o objectivo é dar a volta à tendência de quebra nos lucros.
Estas mudanças surgem pouco tempo depois da designada "crise de liderança" no grupo Volkswagen, o maior fabricante automóvel europeu. O presidente Ferdinand Piëch colocou em causa as capacidades de Martin Winterkorn para continuar como CEO no futuro. Os clãs donos do grupo mostraram posições diferentes quanto ao assunto: a administração acabou por votar a continuidade do gestor.