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França defende que propostas para a Alstom “devem ser melhoradas”
A Siemens e a Mitsubishi apresentaram na segunda-feira uma proposta conjunta de 7 mil milhões de euros por alguns negócios da Alstom. A GE já tinha oferecido 12,4 mil milhões pela unidade de energia.
"As ofertas devem ser melhoradas". Foi desta forma que fonte oficial do gabinete de François Hollande apresentou as principais conclusões do encontro realizado esta terça-feira, 17 de Junho, no Palácio do Eliseu, em Paris.
O presidente francês esteve reunido com o presidente executivo da Siemens, Joe Kaeser, e com o CEO da Mitsubishi, Shunichi Miyanaga. Na segunda-feira, 16 de Junho, as empresas apresentaram uma proposta conjunta de 7 mil milhões de euros para adquirir alguns negócios da Alstom.
A Siemens está disposta a pagar 3,9 mil milhões de euros pelo negócio de turbinas de gás. Já a Mitsubishi prevê investir 3,1 mil milhões de euros na empresa, pretendendo ainda comprar 10% da mesma. A combinação do negócio dos transportes entre Siemens e Alstom foi também posto em cima da mesa.
A principal rival desta parceria é a americana General Electric, que apresentou uma oferta de 12,4 mil milhões de euros pela totalidade da unidade de energia da Alstom.
A menos de uma semana de se saber qual será a proposta vencedora – a 23 de Junho-, o Presidente francês voltou a insistir na necessidade de se apresentarem novos e melhorados termos em ambas as candidaturas. "As reuniões entre o Estado e as diferentes companhias vão continuar durante esta semana", revelou a mesma fonte à Reuters.
Mesmo depois da conversa com Hollande, Kaeser afirmou à Reuters que não há motivo para aumentar a proposta. Apesar de ter iniciado as conversações com várias empresas francesas no sentido de estabelecer parcerias, também a GE já tinha revelado que não subiria a parada na sua oferta.
Tanto Hollande como o Executivo liderado pelo primeiro-ministro Manuel Valls já tinham demonstrado a sua preocupação quanto à manutenção dos postos de trabalho da empresa após a conclusão do negócio. O receio levou mesmo ao alargamento da legislação sobre o direito de veto em fusões de sectores considerados estratégicos para o país.
A Alstom foi recuperada em 2004 pelo Governo francês, quando estava à beira da falência. Desde então, tem dependido de encomendas públicas para equipamentos de energia e transporte ferroviário.