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Presidente da General Electric apresenta argumentos finais para comprar a Alstom
Jeffrey Immelt chega hoje a Paris e na bagagem leva os argumentos finais para convencer o governo francês e os sindicatos de que a proposta da General Electric é a melhor para o futuro da Alstom.
A General Electric vai apresentar hoje novos detalhes sobre a sua proposta de 17 mil milhões de dólares (12,5 mil milhões de euros) para comprar os activos de energia da francesa Alstom.
Estes serão apresentados pelo CEO da empresa norte-americana, Jeffrey Immelt, que está em Paris. "Decidi vir eu próprio", disse o presidente executivo da General Electric, que tem encontros agendados com vários membros do Governo francês, incluindo o ministro da Economia, Arnaud Montebourg.
Esta é vista como a última tentativa para a General Electric convencer o Governo francês que a sua proposta é a melhor para o futuro da Alstom. A empresa norte-americana argumenta que a sua proposta permite criar 1.000 postos de trabalho em França e está até a fazer publicidade para convencer os franceses, onde destaca que "o amanhã é construído na França".
A primeira oferta da General Electric pela divisão de energia da Alstom foi apresentada a 30 de Abril e a concretizar-se será a maior de sempre da empresa norte-americana, que está a tentar focar-se no sector industrial.
Mas enfrenta a forte concorrência da Siemens que, em associação com a nipónica Mitsubishi, apresentou uma oferta de 7 mil milhões de euros pelos activos da Alstom. A Siemens está disposta a pagar 3,9 mil milhões de euros pelo negócio de turbinas de gás. Já a Mitsubishi prevê investir 3,1 mil milhões de euros na empresa, pretendendo ainda comprar 10% da mesma. A oferta da General Electric incide sobre toda a divisão de energia.
A decisão final do Governo francês será tomada até 23 de Junho, sendo que o Presidente francês voltou a insistir na necessidade de se apresentarem novos e melhorados termos em ambas as candidaturas. "As reuniões entre o Estado e as diferentes companhias vão continuar durante esta semana", revelou fonte oficial do Executivo francês à Reuters na terça-feira.