A General Electrics (GE) aceitou esta quinta-feira, 22 de Maio, o pedido do governo francês para prolongar, em três semanas, o limite definido para decidir o futuro da Alstom, avança a agência Bloomberg.

O executivo liderado por Manuel Valls terá assim até 23 de Junho para decidir quem ficará com o negócio de energia da Alstom. O prazo inicialmente definido era 2 de Junho.

A norte-americana poderá aproveitar para aperfeiçoar a sua proposta, orçada em 12 mil milhões de euros, na sequência das posições assumidas pelo presidente François Hollande e pelo ministro da Economia Arnaud Montebourg. O presidente da GE está, contudo, confiante no negócio.

A decisão da GE quer "facilitar as discussões em curso", explica a Bloomberg, na sequência daquela que tem sido a postura do grupo ao longo das últimas semanas. A norte-americana está ainda em conversações com várias empresas francesas de modo a estudar possíveis alianças e parcerias. O objectivo é conquistar a confiança do executivo francês, que aprovou na passada semana um decreto que lhe confere maiores poderes de veto a aquisições estrangeiras no país.

O novo prazo permitirá também à Siemens, preferida por Arnaud Montebourg, melhorar a sua proposta. Diz a agência noticiosa que a mesma poderá passar pela venda da unidade de transportes da alemã à Alstom, numa troca directa entre áreas de especialidade. As duas empresas tornar-se-iam assim líderes em cada sector: a Alstom em transportes e a Siemens em energia.

O governo francês afirmou, em comunicado, que a extensão temporal lhe permitirá trabalhar com as empresas para resolver as suas preocupações, nomeadamente no que diz respeito à manutenção de postos de trabalho. O executivo, citado pela Bloomberg, garante que está a trabalhar "de forma eficiente e rápida" para encontrar uma solução.