A Uber está proibida em Espanha. Um tribunal de Madrid ordenou esta terça-feira, 9 de Dezembro, o cancelamento e proibição da aplicação em todo o território espanhol.

A instância judicial ouviu as queixas apresentadas pela Associação Madrilena de Táxis e considerou que os motoristas contratados pela Uber não têm qualquer autorização administrativa para executar o serviço. Por isso mesmo, define a aplicação como "concorrência desleal", diz a imprensa espanhola.

Uma das modalidades da Uber permite o transporte de passageiros por viaturas conduzidas por motoristas não profissionais. É esse mesmo serviço que está a despoletar contestação por parte da classe taxista um pouco por todo o mundo. A Uber põe em ligação os clientes e as viaturas da sua base de dados, arrecadando 20% do preço cobrado pela viagem.

Também em Barcelona, o governo catalão já estava a preparar um decreto-lei para impedir a Uber de operar naquele território. Os proprietários interceptados teriam de pagar coimas até seis mil euros por funcionarem à margem da lei, prevê o referido projecto legislativo.

Também na Índia, se pondera alargar a proibição à Uber a todo o país. A mesma já vigora na capital, Nova Deli, depois de uma mulher ter sido violada por um motorista que operava para a Uber num veículo por si requisitado.

Em Portugal, e como avançou o Negócios esta terça-feira, o Governo considera que o serviço da Uber não concorre com a actividade de táxis. Apesar disso, os táxis estão preocupados com um eventual alargamento do serviço para além da modalidade UberBLACK (que consiste em veículos de luxo conduzidos por motoristas profissionais, devidamente licenciados).

Recentemente, e apesar das polémicas, a Uber arrecadou uma nova ronda de investimento que avaliou a empresa em 40 mil milhões de dólares.