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EPAL quer elevar margem de EBITDA a 45%

A EPAL depara-se, desde 2005, com uma contracção dos consumos de água que resultam numa diminuição das receitas. Para compensar esta quebra de proveitos, a empresa tem em curso um plano de redução de custos e ganhos de eficiência operacional que visam aum

17 de Outubro de 2007 às 14:14
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A EPAL depara-se, desde 2005, com uma contracção dos consumos de água que resultam numa diminuição das receitas. Para compensar esta quebra de proveitos, a empresa tem em curso um plano de redução de custos e ganhos de eficiência operacional que visam aumentar a margem de "cash-flow" operacional (EBITDA) para os 45% em 2010.

"Desde 2005 que na região de Lisboa há uma tendência generalizada e consistente para a redução dos consumos de água. Isto deve-se, por um lado, a uma mudança de hábitos da população – decorrente da campanha de sensibilização para racionalização do uso da água em 2005 –, aos avanços tecnológicos nos electrodomésticos e outros equipamento, e à melhor infra-estruturação que reduz o nível de perdas", esclareceu o presidente da companhia, João Fidalgo, num encontro com jornalistas esta manhã.

O EBITDA (cash-flow operacional) projectado para este exercício é de 55 milhões de euros, com uma margem de 40%. A equipa de João Fidalgo traçou um plano em que pretende chegar a 2010 com uma margem de 45%.

A empresa estima conseguir em 2007 um volume de negócios de 136 milhões de euros, em linha com os valores do ano passado. Em 2000, a facturação era de 120 milhões de euros.

A grande prioridade da administração é a redução de custos. Em termos globais, os custos têm registado uma evolução positiva, com crescimentos abaixo dos níveis de inflação previstos, tanto para 2007 como para 2008.

Em 2006 os custos de exploração foram de 119,3 milhões de euros e este ano de 120,2 milhões, devendo aumentar para 122,5 milhões no em 2008.

Os custos de capital (amortizações e custos financeiros) "registam um acentuado crescimento entre 2006 e 2007), como resultado dos investimentos na requalificação e adequação das infra-estruturas", justifica João Fidalgo.

Já para 2008, a EPAL prevê um crescimento mais moderado, devido a "uma maior selectividade dos investimentos".

Uma das estratégias para reduzir custos foi a redução de pessoal. Com 1150 trabalhadores em 2001, a "sub-holding" da AdP tem hoje cerca de 800 trabalhadores, que agora pretende manter. Ainda assim esta rubrica vai descer 0,8% entre 2007 e 2008, segundo a empresa.

A diminuição da factura energética, de 7% orçamentados para os 4% realizados, foi outra das medidas tomadas este ano para diminuir a estrutura de custos fixos da empresa.

Directamente, a EPAL abastece cerca de 530 mil habitantes, em "baixa" (desde o reservatório dos municípios até aos consumidores finais), tendo cerca de 320 mil contadores activos, havendo a percepção interna de que entre 5% e 10% dos aparelhos não têm consumos.

Através de 34 municípios, a EPAL chega a cerca de 2,2 milhões de habitantes, em "alta" (desde a captação até aos reservatórios dos municípios) e "baixa".

Este ano, nos dois segmentos de negócios, a EPAL conta vender cerca de menos de 2% de água face a 2006.

Isto obriga a empresa a adoptar uma nova estratégia, que não passa por mais investimentos pesados, mas sim para uma gestão mais eficiente das infra-estruturas de captação, tratamento e distribuição.

Ao contrário da maioria das empresas de água do País, a EPAL não é uma concessão, funcionando com base numa gestão delegada. Para o presidente da companhia esta é uma vantagem para o accionista, uma vez que "desta forma temos um forte balanço suportado pelos valiosos activos que temos, avaliados em mais de 630 milhões de euros".

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