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Alemanha prepara-se para dupla contração. A primeira desde o início do século

Maior economia europeia deverá terminar este ano com uma contração de 0,2%, depois da queda de 0,3% em 2023. No próximo ano Berlim já espera um crescimento real superior a 1%.

O ministro alemão da Economia, Robert Habeck, assumiu que “os números são maus”.
Hannibal Hanschke/EPA
09 de Outubro de 2024 às 22:00
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O Governo alemão está menos otimista para este ano e já prevê uma nova contração, que se segue à queda da atividade em 2023 de 0,3%. São dois anos consecutivos com o produto a encolher, algo que não acontecia desde o início do século, em 2002 e 2003.

Mas para 2025, Berlim já espera um crescimento ainda que modesto da maior economia europeia. "As condições económicas não são satisfatórias neste momento", afirmou o ministro da Economia, Robert Habeck esta quarta-feira, garantindo que "estamos a trabalhar para sair dessa situação."

O responsável germânico deu, no entanto, uma nota de otimismo, apontando um "progresso efetivo" no combate aos fatores que arrastaram a Alemanha para terreno negativo, como a inflação, as elevadas taxas de juro (ainda que tal dependa do Banco Central Europeu) e os custos energéticos impulsionados pela invasão russa da Ucrânia no final de fevereiro de 2022.

De acordo com as projeções conhecidas esta quarta-feira, 9 de outubro, o produto interno bruto (PIB) deverá contrair 0,2% este ano, abaixo da anterior previsão de um crescimento real de 0,3% do PIB. De resto, a economia poderá já estar em recessão técnica – com dois trimestres consecutivos de contração da atividade – com uma possível contração no terceiro trimestre depois de uma queda do produto de 0,1% entre abril e junho.

No entanto, nos próximos dois anos a atividade deverá mostrar maior dinamismo. Para 2025, o Executivo de Olaf Scholz espera um crescimento anual de 1,1%, para depois acelerar para 1,6% em 2026. Numa nota, o ministro da Economia sublinhou a necessidade urgente de avançar com a resolução dos "problemas estruturais" que persistem no, acrescentando que "a Alemanha e a Europa estão comprimidas entre a China e os EUA e têm de aprender a afirmar-se". Habeck apontou a insegurança energética, a excessiva burocracia e a escassez de mão de obra especializada que, somada à incerteza geopolítica estão a limitar a atividade económica.

Nos últimos meses, a maior economia da União Europeia tem estado a braços com quebras sucessivas em diversos setores, em especial a pesada indústria automóvel, com a Volkswagen a anunciar o primeiro fecho de uma fábrica no país e despedimentos.

Com agências

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