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Ao minuto09.10.2024

Otimismo em torno do BCE leva Europa aos ganhos

Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados desta quarta-feira.

Pedro Catarino / Cofina Media
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09.10.2024

Otimismo em torno do BCE leva Europa aos ganhos

Os fantasmas do estoiro da bolha das ‘dot.com’ em 2000 e da crise financeira de 2008-09 voltaram a assombrar os mercados.

Os principais índices europeus terminaram a sessão desta quarta-feira em alta, com os investidores centrados na reunião de política monetária do Banco Central Europeu que se realiza na próxima semana, bem como num "briefing" de medidas orçamentais na China, marcado para este sábado.

O mercado atribui uma probabilidade de 90% de o BCE cortar juros no encontro de outubro.

O índice de referência europeu, o Stoxx 600, valorizou 0,66% para 520,05 pontos, com o setor automóvel e de tecnologia a darem o maior impulso, ao subirem mais de 1%.

Entre os principais movimentos de mercado, a Continental pulou mais de 7%, depois de a empresa ter reiterado as expectativas de resultados para o presente ano numa "call" com analistas, o que devolveu confiança aos investidores.

Pela negativa, a Bayer caiu 6,79% depois de um tribunal em Washington ter revelado que vai rever a sua decisão num caso que alega que a exposição a produtos fabricados pela unidade Monsanto causou danos físicos a pessoas. O tribunal de recurso tinha anulado uma sentença de 185 milhões de dólares no julgamento, depois de ter encontrado falhas no processo em maio.

A centrar atenções está ainda uma reunião no sábado em que Pequim deverá divulgar novas medidas de estímulo à segunda maior economia mundial. "O que tem acontecido na China é uma recuperação técnica, agora a questão é saber se vai mudar para uma tendência estrutural ascendente", afirmou à Bloomberg Jacques Henry, responsável de "research" da Silex.

"Uma recuperação na China é evidentemente positiva para as ações europeias, uma vez que são a zona mais integrada", completou.

Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão DAX somou 0,99%, o francês CAC-40 valorizou 0,52%, o italiano FTSEMIB ganhou 0,59%, o britânico FTSE 100 subiu 0,65% e o espanhol IBEX 35 avançou 0,06%. Em Amesterdão, o AEX registou um acréscimo de 0,6%.

09.10.2024

Juros agravam-se na Zona Euro. Governador do Banco de França aponta para corte de juros em outubro

Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro agravaram-se ligeiramente esta quarta-feira.

Os investidores seguem a incorporar uma descida das taxas de referência do Banco Central Europeu em 25 pontos base na reunião da próxima semana. Um cenário que o governador do banco central de França, Francois Villeroy de Galhau, classificou esta quarta-feira como "muito provável". Galhau adiantou ainda que espera novas reduções das taxas dependendo do progresso feito na inflação.

Os juros da dívida portuguesa, com maturidade a dez anos, somaram 2,3 pontos base, para 2,755%, enquanto em Espanha a "yield" da dívida com o mesmo vencimento subiu 2,2 pontos, para 3,007%.

Por sua vez, a rendibilidade da dívida francesa e alemã, esta segunda de referência para a região, cresceram ambas em 1,5 pontos base, para 3,024% e 2,256%.

Fora da Zona Euro, os juros das "gilts" britânicas, também a dez anos, recuaram 0,4 pontos base para 4,179%.

09.10.2024

Baixa procura e aumento dos "stocks" nos EUA levam petróleo a cair 2%

Os preços do petróleo seguem a desvalorizar esta quarta-feira, com os fracos níveis de procura e o aumento dos "stocks" nos Estados Unidos a sobreporem-se aos riscos de disrupções do conflito no Médio Oriente e do furacão Milton nos Estados Unidos.

O West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os EUA – perde 2,19% para os 71,96 dólares por barril. Já o Brent – de referência para o continente europeu – desvaloriza 1,98% para os 75,65 dólares por barril.

Os dois "benchmarks" chegaram a valorizar mais de 1% na sessão desta quarta-feira, depois de uma queda superior a 4% ontem. No entanto, os mercados permanecem atentos à possibilidade de retaliação de Israel com um ataque a infraestruturas petrolíferas do Irão.

Os baixos níveis de procura continuam a penalizar as perspetivas fundamentais. Na terça-feira, a Agência de Informação em Energia dos EUA reduziu as suas estimativas de consumo para 2025, justificando com a menor atividade económica na China e na América do Norte.

Os "stocks" de crude nos Estados Unidos aumentaram em 11 milhões de barris na semana, um valor significativamente mais elevado do que estimavam os analistas, de acordo com dados da associação comercial norte-americana American Petroleum Institute (API)

"Este cenário anula o prémio que os preços do petróleo têm atualmente devido à guerra, mas seria preciso ser muito corajoso para ignorar o que poderá acontecer aos preços do petróleo se Israel fizer o impensável e visar o setor petrolífero iraniano", afirmou à Reuters John Evans, analista da PVM.

09.10.2024

Dólar robusto pressiona ouro. Metal cai pela sexta sessão consecutiva

Tal como as ações, as obrigações e o dólar, também o ouro será condicionado pelo discurso de Jerome Powell em Jackson Hole.

O ouro está a desvalorizar pela sexta sessão consecutiva, pressionado por um dólar mais forte e expectativas reduzidas de um novo corte de juros de grande dimensão pela Reserva Federal em novembro. Os investidores aguardam ainda as atas da reunião de setembro da Fed à procura de pistas sobre o futuro da política monetária.

O ouro perde 0,5% para 2.608,71 dólares por onça, estando a negociar em mínimos desde 20 de setembro.

Caso as atas da Fed sejam extremamente "dovish" e evidenciem cortes de juros de maior dimensão, tal poderá sustentar uma subida do ouro e levar os preços aos 2.650 dólares, disse à Reuters Phillip Streible, estratega-chefe da Blue Line Futures.

Um dólar mais forte tem sido o fator de pressão nos preços do ouro. O índice do dólar da Bloomberg - que compara a força da "nota verde" contra dez divisas rivais - valoriza 0,22% para 102,774 dólares, em máximos de dois meses.

O dólar ganha 0,24% para 0,9129 euros e soma 0,24% para 0,7649 libras, com a moeda britânica em mínimos de um mês, pressionada pelos diferentes caminhos da política monetária entre a Fed e o Banco de Inglaterra.

A sustentar o dólar estão comentários da presidente da Fed de Dallas, Lorie Logan, que afirmou que a Fed deverá continuar a cortar juros gradualmente, mas que as descidas deverão ser de menor dimensão, devido ao atual cenário de incerteza económica.

09.10.2024

Wall Street em queda ligeira antes de atas da Fed

Os principais índices em Wall Street abriram a negociar em queda ligeira, com os investidores a aguardarem as atas da última reunião de política monetária da Reserva Federal, numa altura em que incorporam uma descida de juros em 25 pontos base no encontro de novembro.

O S&P 500 cede 0,04% para os 5.748,62 pontos, enquanto o Nasdaq Composite recua 0,23% para 18.141,04 pontos. O industrial Dow Jones está inalterado nos 42.079,21 pontos.

A Alphabet derrapa 0,17%, depois de o Departamento de Justiça dos EUA ter revelado que está a avaliar forçar a Google a vender parte das suas operações no âmbito do processo de acusação de monopólio de mercado, devido a pagamentos considerados ilegais da unidade da Alphabet às empresas de smartphones para favorecerem o seu motor de busca.

Entre os restantes movimentos de mercado, a Boeing cai 2,85% após as negociações entre a empresa e os sindicatos de trabalhadores chave ter terminado sem acordo, levando a greves pela quarta semana consecutiva. Por sua vez, a Arcadium Lithium chegou a pular mais de 30% depois de a Rio Tnto ter anunciado que iria adquirir a mineira por 6,7 mil milhões de dólares.

Os investidores procuram direção depois de os ganhos da véspera, impulsionados pelo setor tecnológico e por uma queda dos preços do petróleo, que refletem o crescente otimismo de que a Fed possa atingir um "soft landing" da política monetária na economia, uma vez que o mercado de trabalho continua a dar sinais positivos.

09.10.2024

Euribor descem e a três meses tocam mínimo de abril de 2023

A Euribor desceu hoje a três, a seis e a 12 meses face a terça-feira e no prazo mais curto para um novo mínimo desde abril de 2023.

Com as alterações de hoje, a taxa a três meses, que recuou para 3,223%, continuou acima da taxa a seis meses (3,047%) e da taxa a 12 meses (2,792%).

A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 01 de dezembro de 2023, baixou hoje para 3,047%, menos 0,011 pontos.

Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a agosto mostram que a Euribor a seis meses representava 37,6% do 'stock' de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a 12 e a três meses representava 33,2% e 25,8%, respetivamente.

No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro de 2022, também baixou hoje, para 2,792%, menos 0,006 pontos do que na terça-feira.

No mesmo sentido, a Euribor a três meses desceu hoje, ao ser fixada em 3,223%, menos 0,042 pontos e um novo mínimo desde 20 de abril de 2023.

A média da Euribor em setembro desceu a três, a seis e a 12 meses, menos acentuadamente do que em agosto e com menos intensidade nos prazos mais curtos.

A média da Euribor em setembro desceu 0,114 pontos para 3,434% a três meses (contra 3,548% em agosto), 0,167 pontos para 3,258% a seis meses (contra 3,425%) e 0,230 pontos para 2,936% a 12 meses (contra 3,166%).

Na mais recente reunião de política monetária, em 12 de setembro, o BCE desceu a principal taxa diretora em 25 pontos base para 3,5%, depois de em 18 de julho ter mantido as taxas de juro diretoras.

Na reunião anterior, em junho, o BCE tinha descido as taxas de juro diretoras em 25 pontos base, depois de as ter mantido no nível mais alto desde 2001 em cinco reuniões e de ter efetuado 10 aumentos desde 21 de julho de 2022.

Em 18 de setembro foi a vez de a Reserva Federal norte-americana (Fed) cortar os juros em 50 pontos base, naquela que foi a primeira descida desde 2020.

A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 17 de outubro na Eslovénia.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

Lusa

09.10.2024

Europa arranca morna com perspetivas de cortes do BCE

As bolsas europeias arrancaram a sessão desta quarta-feira mistas, apesar de os mercados estarem cada vez mais certos que o Banco Central Europeu vai proceder com um corte de 25 pontos base já na próxima semana – com membros da autoridade monetária, como o governador do banco central francês e o do banco central grego, a apontarem para um novo alívio em dezembro.

O "benchmark" para a região, Stoxx 600, avança 0,21% para 517,73 pontos, recuperando algumas das perdas registadas na terça-feira, quando encerrou a sessão a desvalorizar 0,55%. Dos vários setores que compõe este índice, apenas o da banca negoceia no vermelho, pressionado pela perspetiva de um novo corte de juros.

Por sua vez, são os setores dos media e do imobiliário que registam o melhor desempenho, com ambos a valorizarem 0,59%. Já o da tecnologia negoceia no verde, apesar de notícias do outro lado do Atlântico que indicam que o Departamento de Justiça dos EUA está a considerar forçar a Google a alienar alguns dos seus segmentos de negócio, de forma a mitigar os impactos monopolistas que infligiu sobre o mercado dos motores de busca online.

Os setores mais expostos à economia chinesa encontram-se a recuperar de forma moderada das perdas de terça-feira. O setor mineiro avança 0,42%, depois de ter caído mais de 4% na sessão anterior. Já as ações de luxo, que englobam empresas como a LVGM, a Kering, a Burberry e a Hermes, encontram-se maioritariamente em movimento de correção.

Os investidores estão ainda atentos aos títulos da Continental, que disparam 5,73% a esta hora, depois de uma "call" com analistas na terça-feira ter devolvido a confiança aos investidores. Por sua vez, a Aixtron cai 2,11%, após o Deutsche Bank ter revisto em baixa a recomendação da empresa de "comprar" para "manter".

Entre as principais praças europeias, o alemão DAX sobe 0,04%, o francês CAC-40 avança 0,04% e o britânico FTSE 100 regista um acréscimo de 0,44%. Já o espanhol IBEX 35 desliza 0,22%, o italiano FTSEMIB perde 0,04% e o holandês AEX desvaloriza 0,12%.

09.10.2024

Juros agravam-se na Zona Euro. Alemanha destoa

Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro estão maioritariamente a agravar-se esta manhã, com a Alemanha a ser a única a destoar deste cenário. Isto acontece apesar de os mercados estarem confiantes que o Banco Central Europeu (BCE) vai cortar novamente nas taxas de juro já na próxima semana.

Esta quarta-feira, o governador do banco central francês, Francois Villeroy, voltou a afirmar que é "muito provável" que o BCE continue o ciclo de alívio da política monetária este mês e apontou para um novo corte em dezembro.  

Os juros da dívida portuguesa, com maturidade a dez anos, agravam em 1 ponto base, para 2,742%, enquanto em Espanha a "yield" da dívida com o mesmo vencimento sobe 0,6 pontos, para 2,991%. 
 
Por sua vez, a rendibilidade da dívida francesa cresce 0,3 pontos base, para 3,011%. Já os juros das "bunds" alemãs, referência para a região, são os únicos a alivar no bloco europeu, ao cairem 0,8 pontos, para 2,233%. 
 
Fora da Zona Euro, os juros das "gilts" britânicas, também a dez anos, recuam 0,4 pontos base para 4,179%. 

09.10.2024

Dólar continua a avançar com investidores à espera do BCE e da Fed

Entre 14 e 21 de maio o índice do dólar cedeu 0,14%, à boleia dos “short-sellers”.

O dólar permanece firme e continua a negociar perto de máximos de sete semanas em relação às suas principais concorrentes, numa altura em que os investidores avaliam os próximos movimentos de uma série de autoridades monetárias, incluindo o Banco Central Europeu (BCE) e a Reserva Federal (Fed) norte-americana.

A divisa dos EUA continua a negociar em alta face ao euro, com a moeda europeia a perder 0,18% para 1,0960 dólares. O índice do dólar da Bloomberg – que mede a força da divisa norte-americana face às suas principais concorrentes – avança 0,11% para 102,66 pontos, perto dos máximos de sete semanas de 102,69 pontos atingido na sexta-feira.

A valorização mais significativa acontece em relação ao iene. A divisa japonesa tem estado sobre grande pressão desde que o novo primeiro-ministro do país, Shigeru Ishiba, surpreendeu os mercados ao afirmar que a nação não está pronta para lidar com uma nova subida nas taxas de juro. O dólar avança, assim, 0,28% para 148,61 ienes.

Por sua vez, o dólar neozelandês caiu para mínimos de mais de sete semanas, depois de o banco central do país ter cortados as taxas de juro em mais de 50 pontos base e ter deixado a porta aberta para mais cortes desta magnitude no futuro. Cada dólar neozelandês vale, agora, 0,60705 dólares norte-americanos.

09.10.2024

Ouro perde "brilho" pelo sexto dia consecutivo

China, Polónia, Turquia, Singapura, Índia e Qatar têm estado às compras desde meados de 2022.

Pelo sexto dia consecutivo, o ouro encontra-se a negociar em baixa, com os mercados cada vez mais certos que a Reserva Federal (Fed) norte-americana vai optar por um corte de menor magnitude nas taxas de juros na próxima reunião de 6 a 7 de novembro.

O metal precioso recua 0,35% para 2.612,71 dólares por onça, pressionado ainda por um dólar mais forte em relação aos seus principais concorrentes.

Os mercados diminuíram as suas previsões de alívio da política fiscal até ao final do ano, apostando agora em dois cortes de 25 pontos base nas duas últimas reuniões da Fed em 2024. Há duas semanas, a expectativa era de um corte "jumbo" de 50 pontos na reunião de novembro e outro de 25 pontos em dezembro.

Na terça-feira, a governadora da Fed de Boston enfatizou a necessidade de o banco central continuar o seu ciclo de alívio da política monetária com cautela, sempre apoiado em dados económicos. A sua congénere de Atlanta transmitiu a mesma mensagem para os mercados, afirmando que as ameaças ao mercado laboral persistem, embora a taxa de inflação esteja em trajetória decrescente e a economia continue sólida.

O ouro precisa, assim, de novos catalisadores para voltar a crescer no mercado internacional. Esta quarta-feira, a Fed vai divulgar as atas da reunião de setembro, encontro em que começou a aliviar as taxas de juro com um corte "jumbo" de 50 pontos base. A marcar o calendário económico desta semana está ainda a divulgação dos dados da inflação na quinta-feira. 

09.10.2024

Petróleo recupera da maior queda em mais de um ano

O crescimento da procura mundial de petróleo deverá desacelerar. Ainda assim, há quem conside robusto o atual nível de consumo.

Os preços do petróleo estão a recuperar da maior queda em mais de um ano registada na terça-feira, numa altura em que os investidores olham com expectativa para um "briefing" sobre política orçamental anunciado pelas autoridades chinesas para o próximo sábado.

O West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os EUA – recupera 0,35% para os 73,83 dólares por barril. Já o Brent – de referência para o continente europeu – valoriza 0,49% para os 77,56 dólares por barril.

O crude esteve a ser pressionado na terça-feira pela falta de medidas das autoridades chinesas para revitalizarem a segunda maior economia do mundo, numa altura em que dados económicos continuam a apontar para uma diminuição da procura desta matéria-prima no país. Estas preocupações acabaram por eclipsar as tensões geopolíticas no Médio Oriente, com todos os olhos postos numa provável resposta de Israel ao ataque iraniano da semana passada – que pode envolver infraestruturas petrolíferas.

O aumento de riscos geopolíticos levou o Morgan Stanley a aumentar as suas previsões para o preço do Brent para o quatro trimestre do ano. O banco de investimento prevê, agora, que o crude de referência para o mercado europeu chegue aos 80 dólares por barril – mais cinco dólares que a anterior previsão.

09.10.2024

China Continental pinta-se de vermelho com falta de apoios. Europa inalterada

As bolsas chinesas estão a ser castigadas pelos investidores, depois de as autoridades do país terem "fechado a torneira" a novas medidas robustas para estimular a segunda maior economia do mundo na terça-feira. O "benchmark" para a China Continental, o CSI 300, chegou a cair 7,4%, contrariando a tendência registada nas restantes praças asiáticas.

No entanto, o índice conseguiu reduzir algumas das suas perdas, depois de as autoridades chinesas terem anunciado um novo "briefing" sobre política fiscal para o próximo sábado. Os investidores acreditam que a China pode estar a preparar-se para fazer "marcha-atrás" na sua decisão de não continuar a apoiar a economia com medidas significativas, numa tentativa de devolver a confiança aos mercados.

As bolsas da China Continental estiveram ainda a ser pressionadas por dados económicos pouco animadores da "Semana Dourada". O festival que durou de 1 a 7 de outubro encerrou os mercados chineses e levou, como é habitual, ao segundo maior movimento de massas na China. No entanto, os turistas chineses acabaram por gastar menos dinheiro do que era habitual – mais um sinal para os mercados que o consumo no país está em queda.

"Para que os mercados mantenham o entusiasmo, vão ser necessárias medidas muito mais agressivas ou a China precisará de introduzir um mecanismo de estabilização do mercado", afirmou Homin Lee, estratega da Lombard Odier. "É possível que estas rotações persistam até à próxima reunião do Comitê Permanente do Politburo ou até às eleições nos EUA no início de novembro", completou.

Já o Shanghai Composite também encerrou no vermelho, com uma queda expressiva de 3,5%. Por sua vez, depois de ter registado uma das maiores desvalorizações dos últimos 16 anos, o Hang Seng de Hong Kong conseguiu recuperar algumas das suas perdas e terminou a sessão desta quarta-feira no verde (+0,7%).

Pelo Japão, o Topix também registou uma movimento de correção, ao avançar 0,4%, enquanto o Nikkei 225 valorizou 0,87%. Já o sul-coreano Kospi não conseguiu recuperar e terminou mais uma sessão no vermelho, ao cair 0,61%.

Na Europa, a negociação de futuros aponta para uma abertura sem grandes movimentações, com o Euro Stoxx 50 a cair 0,04% no "pre-market".

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