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Pedro Nuno Santos mantém tabu e não revela sentido de voto no OE

O líder do PS espera para conhecer o documento, dado que não foi possível chegar a acordo com o Governo para o Orçamento do Estado para 2025, sublinhando que a votação na generalidade é só no final de outubro. A votação final está agendada para o fim de novembro.

Pedro Nunes / Reuters
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Pedro Nuno Santos rejeita revelar o sentido de voto para o Orçamento do Estado para 2025, mantendo o tabu do maior partido da oposição sobre o que vai fazer no momento da votação.

"Não é o momento, nem o local certo para anunciar o sentido de voto do PS", referiu o secretário-geral do PS na entrevista esta quarta-feira à TVI/CNN. "Temos ainda tempo para determinar o nosso sentido de voto. Não há nenhuma razão para o fazermos já", indicou o líder socialista. "No momento certo, apresentarei uma proposta à Comissão Política Nacional", sublinhou.

Pedro Nuno Santos indicou que não havendo acordo "resta agora conhecer o Orçamento do Estado, avaliá-lo". "Não concluímos estas negociações com um acordo. E também não há drama sobre isso, faz parte da democracia", frisou.

Questionado sobre uma eventual crise política, Pedro Nuno Santos garantiu que "o PS não quer eleições e devemos trabalhar para que essas eleições sejam evitadas, mas não a todo o custo, a qualquer preço. Não é bom para a democracia."

Para o líder socialista, "é muito importante que a viabilização deste orçamento seja feita com um acordo e que o PS sinta que teve ganhos de causa que justifiquem a elevada flexibilidade do PS em votar um orçamento no qual em 90% das medidas terá muitas dúvidas ou mesmo oposição a elas."

Numa resposta à contraproposta do Governo - que já incluíam as medidas do PS, em concreto para o IRS Jovem - o líder socialista manteve como linha vermelha a descida transversal do IRC até aos 17%, contraponto com a recuperação do crédito fiscal extraordinário ao investimento. O Executivo acabou por aceitar descer em um ponto percentual a taxa nominal do IRC em 2025, mas recusou a pretensão socialista de se comprometer a não descer mais o imposto ao longo da legislatura.

Quanto ao IRS Jovem, o Governo acolheu as propostas do PS, apenas mexendo nos anos a que os trabalhadores podem beneficiar da taxa mais baixa, até aos 15%. A medida será alargada a todos os jovens independentemente das qualificações, sobe até aos 35 anos, o montante sobe também para 55 indexantes de apoios sociais e em vez dos 13 anos, os jovens poderão beneficiar de um impostos mais baixo por 10 anos (o PS queria que fossem apenas sete).

Maior distância face ao Governo

Para o líder do PS, o que separa o PS do Governo é mais do que "um ponto percentual no IRC". Pedro Nuno Santos exemplificou com algumas matérias. "O que nos distancia do Governo é mais do que isso. Podia ter enunciado linhas vermelhas na saúde, educação, habitação", apontou.

"Podia ter enunciado as 20 exigências", insistiu, mas apontou duas concretas: o IRS Jovem e o IRC. "O Governo foi-se aproximando do Chega e distanciando-se do PS ", afirma o líder socialista, que recusa definir o voto no Orçamento do Estado em função da posição do Chega.

Para o secretário-geral do PS a distância face ao Governo "tem-se aprofundado" na saúde, na educação, mas também nas políticas da imigração, segurança e até nos incêndios.

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