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Delta e Continente lideram pedidos de patentes em ano recorde

No meio de universidades e centros de investigação, a indústria de café e a retalhista alimentar foram as duas empresas com mais registos junto do Instituto Europeu de Patentes em 2019. A região Norte lidera o ranking.

Sara Matos
12 de Março de 2020 às 07:00
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A Delta (16) e o Continente (10) foram as empresas portuguesas que apresentaram um maior número de pedidos junto do Instituto Europeu de Patentes (IEP) durante o ano passado, em que as invenções com origem em Portugal bateram um novo máximo histórico.

 

No "top 5" português surgem ainda três laboratórios de investigação e instituições académicas: a Universidade de Évora (16), a A4TEC – Association for the Advancement of Tissue Engineering and Cell Based Technologies & Therapies, da Universidade do Minho (15); e o INESC Porto – Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (7).

 

Segundo os dados divulgados esta quinta-feira, 12 de março, os 272 dossiês nacionais registados em 2019 por esta instituição europeia com sede em Munique correspondem a um crescimento homólogo de 23% - trata-se do segundo aumento anual consecutivo - e constituem um valor recorde para o país. Ainda assim, fica-se pelo 32º lugar (quota de 0,1%) num total de 40 geografias analisadas.

 

Em termos setoriais, a tecnologia médica encabeçou o pedido de patente (22), seguida da área farmacêutica (19). Percentualmente, as subidas mais expressivas aconteceram nas categorias de tecnologias de informação para gestão, de controlo de maquinaria e de maquinaria elétrica, dispositivos e energia.

 

A utilização de patentes é essencial para tornar as empresas portuguesas mais competitivas e é um pré-requisito para a criação de empregos. António Campinos, presidente do IEP

 

A região Norte continua a liderar o ranking, com quase metade (46%) do total dos pedidos, embora seja Lisboa a liderar no capítulo das cidades, com mais um registo do que o Porto. O Index de Patentes de 2019 mostra que a nível global foram recebidos 181 mil pedidos neste período, mais 4% do que no ano anterior.

O português António Campinos lidera o Instituto Europeu de Patentes.
O português António Campinos lidera o Instituto Europeu de Patentes. Marta Poppe/Jornal de Negócios



O presidente do IEP, António Campinos, sublinhou que estes valores "demonstram que o país continua a aumentar a sua capacidade de investigação, desenvolvimento e inovação". "A utilização de patentes é essencial para tornar as empresas portuguesas mais competitivas e é um pré-requisito para a criação de empregos", acrescentou o responsável, no cargo desde julho de 2018.

 

Através deste organismo, que emprega quase sete mil pessoas e que conta também com escritórios em Berlim, Bruxelas, Haia e Viena, as empresas, as instituições académicas e os centros de investigação podem aceder a uma proteção de patente válida em 44 países, abrangendo um mercado de 700 milhões de pessoas.

 

Huawei destrona Siemens

 

A nível global, o destaque na área empresarial vai para a multinacional alemã Siemens, que baixou do primeiro para o quinto lugar, cedendo a posição cimeira à chinesa Huawei. As sul-coreanas Samsung e LG fecham o pódio, à frente da United Technologies, de origem americana.

 

E pela primeira vez desde 2006, destaca o instituto numa nota de imprensa divulgada esta manhã, a tecnologia médica deixou de ser a mais patenteada. Foi suplantada pelas áreas da comunicação digital, que inclui as soluções para a implementação de redes 5G, e da informática, com o principal impulso a ser dado pelo segmento da inteligência artificial.

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