Notícia
Delta e Ti Ginja acompanham Beirão no apoio aos empregados de café
As três históricas marcas portuguesas estão a doar produtos para uma campanha de solidariedade que visa constituir um fundo para os trabalhadores do canal Horeca afetados pela pandemia de covid-19.
A Delta Cafés e a Frutóbidos juntaram-se à campanha de apoio ao setor da restauração lançada pela Licor Beirão, que permite aos trabalhadores de cafés, bares e restaurantes afetados pela pandemia usufruir de um fundo gerado por receitas provenientes da venda de artigos oferecidos pelas marcas.
Depois de a empresa da Lousã ter disponibilizado até 100 mil garrafas de 20 centilitros (cl) de Beirão, como parte de um conjunto de ações que visa "reunir mais de um milhão de euros", segundo o diretor-geral, Daniel Redondo, outras duas marcas históricas aderem a esta campanha, que também está disponível para o consumidor final.
A Delta preparou um pack que inclui vinho da Adega Mayor, café e cápsulas Delta Q, enquanto a Frutóbidos, produtora das marcas de ginja Vila das Rainhas e Ti Ginja que está a investir 1,5 milhões para aumentar a produção, disponibiliza garrafas de 70 cl de licor. A totalidade das receitas angaridas reverte para este fundo criado para benefício do canal Horeca.
Com uma redução de 50% das vendas no mercado nacional devido ao fecho dos bares, cafés e restaurantes durante o estado de emergência – os portugueses tendem a consumir bebidas alcoólicas em companhia e fora de casa -, a Licor Beirão está também a produzir álcool-gel na fábrica do distrito de Coimbra.
Mais apoios e menos bancos
Em entrevista ao Negócios e à Antena1, Ana Jacinto, secretária-geral da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) descreveu que, com limites à ocupação e poucos clientes, a reabertura dos restaurantes foi "tímida" e dramatizou que sem apoios urgentes será impossível evitar mais falências e despedimentos no setor.
Por outro lado, a banca está a colocar entraves ao acesso às novas linhas de crédito. A porta-voz da associação denuncia que as instituições financeiras estão a dar preferência a negócios "mais robustas", enquanto às microempresas impõem valores de spread mais elevados do que os definidos pelo Governo e exigem "garantias bancárias, patrimoniais e pessoais", que o Executivo já disse não serem devidas.