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Delta cafés cria cápsula 100% orgânica

A Delta Cafés criou uma cápsula de café completamente orgânica, anunciou esta quarta-feira o CEO da empresa, Rui Miguel Nabeiro.

Bruno Simão
15 de Maio de 2019 às 10:48
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A cápsula é fabricada com milho, cana de açúcar e mandioca e tem uma validade de 90 dias.

 

A nova cápsula chegará ao mercado ao longo do segundo semestre deste ano e terá um "blend" designado eQo, com café de origem biológica.

 

A empresa pretende que, em 2025, "100% das suas cápsulas sejam neste formato".

O CEO da empresa indicou que o lançamento da nova cápsula no mercado ainda não tem uma data concreta, estando a Delta ainda a proceder a "afinamentos finais". E, embora ainda não esteja definido o preço, adiantou que as cápsulas 100% biodegradáveis "serão mais caras". No entanto, destacou, "a Delta não vai repercutir no consumidor a totalidade do aumento de custos de produção", pelo que a margem de lucro será inferior do que nas cápsulas tradicionais.

As cápsulas apenas serão vendidas no mercado nacional "devido aos constrangimentos que a validade de apenas 90 dias coloca", referiu o responsável.

O líder da Delta escusou-se a revelar o valor do investimento no desenvolvimento deste produto, indicando que o projeto começou há dois anos e meio e que o investimento ainda não terminou, designadamente porque a empresa tenta encontrar outros materiais biodegradáveis que permitam uma maior longevidade.

Um dos desafios, aliás, é "adaptar a cadeia logística", explicou. "Estas cápsulas terão de ser tratadas como um produto perecível", disse o gestor.

 

Ainda no tema da sustentabilidade, Rui Miguel Nabeiro indicou que, atualmente, 20% da frota comercial é elétrica, o que corresponde a 101 veículos, sendo que em Lisboa a frota é totalmente elétrica.

 

A meta da empresa é que, em 2025, toda a frota comercial da Delta, que ascende a 500 viaturas, seja elétrica.

 

Também para 2025 a empresa definiu como objetivo que todos os departamentos em Portugal tenham painéis solares e que sejam autosuficientes em consumo de eletricidade.

Rui Miguel Nabeiro anunciou também um protocolo com a Associação de Produtores Açorianos de Café (APAC) para apoiar os produtores de café açorianos durante 15 anos.

O projeto, detalhou, passa por fornecer conhecimento e dar formação aos produtores açorianos, que atualmente produzem para consumo local. Mas, sem se comprometer com datas, Rui Miguel Nabeiro confia que a Delta irá comercializar café "100% português" e que será "o único café originário da Europa".

A produção açoriana de café é, neste momento, de cerca de nove toneladas, o que é "bastante pouco", mas o CEO da Delta acredita que este valor poderá aumentar significativamente. A Delta, sublinhou, compromete-se a comprar a produção dos cafeicultores açorianos.

A Delta estabeleceu também uma parceria com a Nãm, uma start up fundada pelo belga Natan Jacquemin, para aproveitar as borras do café para a produção de cogumelos. A Delta irá promover a recolha das borras junto dos seus clientes através de recipientes próprios.

Comentando esta parceria, o primeiro-ministro, António Costa, disse que "ninguém pensaria, há uns anos, que o Largo do Intendente (em Lisboa), que era conhecido por outros motivos, fosse um local para produzir cogumelos".

O líder do Governo elogiou a Delta pela sua "visão de futuro" e, aludindo aos 8.500 habitantes de Campo Maior, considerou que "se por cada 8.500 portugueses tivéssemos um Nabeiro, teríamos 1.200 grupos Delta e a economia cresceria muito mais".

Em tom divertido, António Costa referiu que "quando temos um Nabeiro não precisamos de um Clooney", aludindo ao ator George Clooney, rosto das campanhas publicitárias da Nespresso.

(Notícia atualizada às 12:59 com mais informação)

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