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“As grandes empresas não têm sido muito bem tratadas por este Governo”, diz patrão do Turismo

Francisco Calheiros aplaude a criação de uma associação de grandes empresas, considerando que o Governo não tem tratado da melhor forma as empresas de maior dimensão em matérias como a TSU ou o lay-off.

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O presidente da Confederação do Turismo de Portugal diz que as confederações patronais “deram um grande exemplo” ao criarem o Conselho Nacional das Confederações Patronais. Francisco Calheiros elogia também o surgimento de uma associação de grandes empresas que será liderada por Vasco de Mello.

A criação de um Conselho Nacional das Confederações Patronais (CNCP) tem a ver com a necessidade de ter uma posição mais reforçada e de diálogo, junto do Governo? É essa a intenção?

Não gostaria muito de falar pela CNCP por uma razão muito simples. Na apresentação, há 15 dias, o que dissemos é que existe um porta-voz rotativo por ordem alfabética, e, portanto, o primeiro porta-voz da CNCP é o engenheiro Eduardo Oliveira e Sousa, presidente da CAP. Mas com a constituição da CNCP, as confederações patronais deram um grande exemplo, independentemente de haver situações com as quais não estão de acordo, são muito mais aquelas em que estão em acordo do que em desacordo. E faz muito mais sentido tomarmos uma posição conjunta sobre vários temas, salário mínimo, Orçamento do Estado, grandes opções do plano, legislação laboral, PRR. Acho que demos um grande exemplo no sentido de união para dar resposta às verdadeiras necessidades que as empresas portuguesas vão ter no futuro. Falar a uma só voz faz todo o sentido. Há muito tempo que tentávamos fazer uma plataforma na qual estivéssemos todos para tomar estas decisões.

Ao mesmo tempo foi também anunciado que vai surgir uma associação de grandes empresas, que será liderada por Vasco de Mello, e que pensa intervir e refletir no futuro do país. Como vê a criação deste movimento?

Esse movimento já há bastante tempo que andava a ser falado, ainda não conheço exatamente as suas pretensões, mas penso que esse movimento se constituiu porque há uma realidade: é que as grandes empresas não têm sido muito bem tratadas por este Governo. Estou a pensar num exemplo fácil. Por exemplo, o lay-off, a questão da TSU, faço a pergunta: porque é que uma pequena empresa é isenta e uma grande empresa tem de pagar? Qual é a lógica? Normalmente a grande empresa é o grande empregador e como diz o ditado popular, quanto maior a nau, maior a tormenta. Iluda-se quem pensa que as grandes empresas não têm os mesmos problemas, diferentes, semelhantes, mas que não têm problemas iguais aos das pequenas. Portanto, acho que este movimento vem muito no sentido de não ter havido em certas ocasiões um bom tratamento por parte do Governo. Mas atenção, sobre esse movimento gostava de dizer duas coisas: todos os movimentos que nascem em defesa da iniciativa privada e das empresas são muito bem-vindos. Tenho a certeza de que esse movimento é nada contra as confederações, é um novo movimento que é bem-vindo, que é pela iniciativa privada que é o que nós confederações defendemos e com certeza iremos encontrar bastantes pontos de interceção.

Mas o caminho futuro será para existir apenas uma única confederação?

O futuro a Deus pertence. E neste momento, há um passo...

Para quem acredita.

Que é o meu caso. Por isso, neste momento, a plataforma tem regras muito claras. O que irá acontecer no futuro, vamos ver, depende da maneira como vai evoluir.

 

“Todos os movimentos que nascem em defesa das empresas são muito bem-vindos.”

 

“Faz mais sentido tomarmos uma posição conjunta sobre vários temas.”
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