A taxa de 4,75% é "perfeitamente equilibrada", disse o director da Benfica SAD esta sexta-feira, 10 de Julho, na apresentação dos resultados da mais recente emissão de obrigações dos 'encarnados'. "Temos condições para ir ao mercado com taxas ligeiramente mais baixas relativamente à nossa concorrência", afirma, salientando que estas "ainda assim têm continuado a ser suficientemente atractivas".

Domingos Soares de Oliveira referia-se, neste caso, às emissões de obrigações da SAD do Sporting, com uma taxa de juro de 6,25%, e do FC Porto, cuja taxa era de 5%.

O investimento, diz, é "uma prova de confiança" de que o Benfica tem "capacidade de corresponder às expectativas dos investidores".

Apesar de satisfeito com os resultados desta emissão, Domingos Soares de Oliveira assume que esta não foi realizada num "bom momento" devido à crise na Grécia. "Digamos que estávamos atentos", disse o responsável, salientando que "o arranque não foi o arranque tradicional de outros empréstimos obrigacionistas". Todavia, Domingos Soares de Oliveira garante que não havia "temor" quando ao impacto do impasse grego nos resultados desta emissão, afirmando que se fosse esse o caso teria sido equacionado "parar efectivamente esta emissão obrigacionista", o que não aconteceu.

Esta emissão de obrigações visa diminuir a exposição da Benfica SAD ao Novo Banco e vice-versa, confirmou Domingos Soares de Oliveira, esclarecendo que os 45 milhões de euros obtidos não se destinam a novos investimentos.

"Esta emissão serve para reembolsar aquilo que é uma parte da dívida que está no Novo Banco e, portanto, não é uma emissão feita para novos investimentos", disse o responsável da Benfica SAD.

Sem querer adiantar nada sobre novas contratações, Domingos Soares de Oliveira assumiu que o orçamento para o plantel "é ligeiramente mais baixo do que na temporada passada", mas justificou esta realidade com a integração de uma série de jogadores da formação jovem na equipa principal, o que "naturalmente" faz com que os custos e investimentos sejam "reduzidos".

Quando questionado sobre uma eventual saída de Gaitán, Domingos Soares de Oliveira escusou-se a comentar, mas reconheceu que o jogador "está próximo do seu valor máximo" e que apesar de não haver "uma necessidade de venda [de jogadores por parte do clube]", se uma oportunidade "interessante" surgir, "não deixará de ser analisada".

Sobre as contratações de peso que têm sido feitas pela concorrência, o responsável da SAD benfiquista desvalorizou eventuais comparações, salientando que "as saídas do plantel têm de ser vistas como uma parte normal da actividade" do clube e que, independentemente disso e dos "investimentos que são feitos pelos nossos mais directos concorrentes" o Benfica foi campeão.