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Bruno de Carvalho: "Bomba atómica" coloca em causa "nova época e empréstimo obrigacionista"

No final da reunião dos órgãos sociais, Marta Soares anunciou que foi marcada uma assembleia destituinte para dia 23 de Junho. O presidente do clube reagiu, dizendo que é o dia mais triste da sua vida desde que chegou ao Sporting e que decisão está "cheia de irregularidades".

Lusa
Negócios 24 de Maio de 2018 às 22:58
"Hoje é um dos dias mais tristes que vivi no Sporting. Cada derrota e cada não conquista são marcantes, mas hoje é o momento institucional mais triste da minha vida e acredito que estou a falar por todos". Foi assim que o presidente dos "leões", Bruno de Carvalho, reagiu à decisão do presidente da mesa da assembleia-geral do Sporting, Jaime Marta Soares, de convocar uma assembleia-geral de destituição da direcção para dia 23 de Junho.

"Não é legítimo esta pressão e coação para que nós nos demitamos. Se essas pessoas já não acreditam fazem eleições para os dois órgãos, não colocando em causa aquilo que é o Sporting e a SAD", disse Bruno de Carvalho, citado pela Sábado.

Para o líder do clube de Alvalade, os defensores da AG "não foram minimamente sensíveis aos interesses do SCP e da SAD". "Nós pedimos várias vezes, dando todos os argumentos à mesa de Assembleia geral e ao conselho fiscal e disciplinar do clube para que não fizessem o que fizeram hoje. Explicamos que isto colocará m causa o empréstimo que era realizado entre o final deste mês e o princípio do próximo", reforçou numa conferência de imprensa realizada no final da reunião.

"Está em causa o empréstimo obrigacionista. Isto põe em causa a preparação da época, a contratação e venda de jogadores, o colocar a escrito a nova restauração financeira. E isto, por nada. Esta direcção tentou de tudo. Inclusivamente, pedimos, por duas vezes, no dia 21 e hoje, para que nos dessem as razões para que nos devêssemos demitir. Foi-nos dito que não queriam entrar em discussões e nós garantimos que não íamos discutir nada. Que nos dissessem que iríamos reunir e apresentar soluções. Por duas vezes, nos foi negado. Não é assim que se lidam com assuntos da máxima gravidade que tem a ver com a queda ou não da direcção", atirou o líder dos "leões", acusando Marta Soares de ter lançado a "bomba atómica".

"Foi-lhes explicado que o que acabou de ser anunciado por Jaime Marta Soares está cheio de irregularidade. Pelos estatutos e pela lei as coisas não são assim, Mas, sabendo disso, porque foi alertado para isso, decidiu lançar a bomba atómica", acusou.

A crise "leonina" teve o o seu foco inicial em 15 de Maio, dia em que cerca de 40 alegados adeptos encapuzados invadiram a Academia do Sporting, em Alcochete, e agrediram alguns jogadores e elementos da equipa técnica.

A GNR deteve 23 dos atacantes, que ficaram em prisão preventiva depois de terem sido ouvidos no tribunal de instrução criminal do Barreiro.

Paralelamente, no âmbito de uma investigação do Ministério Público sobre alegados actos de tentativa de viciação de resultados em jogos de andebol e futebol tendo como objectivo o favorecimento do Sporting, foram constituídos sete arguidos, incluindo o "team manager" do clube, André Geraldes.

Na sequência destes acontecimentos, os elementos da Mesa da Assembleia Geral, a maioria dos membros do Conselho Fiscal e parte da direcção apresentaram a sua demissão, defendendo que Bruno de Carvalho não tinha condições para permanecer no cargo.
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