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Acção de Álvaro Sobrinho para destituir Bruno de Carvalho já deu entrada nos tribunais

O empresário angolano explica que o processo, que tem como fundamento uma alegada "violação de deveres, "surge na sequência da recusa de Bruno de Carvalho em se demitir, defendendo que "Portugal é um país democrático e de direito e não uma ditadura".

Marta Poppe
01 de Junho de 2018 às 08:05
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A Holdimo, segundo maior accionista da SAD do Sporting, já deu entrada esta semana nos tribunais com uma acção especial para destituir a administração liderada por Bruno de Carvalho, anunciou Álvaro Sobrinho, líder da empresa angolana.

 

Em declarações publicadas hoje em O Jornal Económico, Álvaro Sobrinho disse que a "Holdimo interpôs uma acção para destituir a Comissão Executiva da Sporting SAD, que visa travar a degradação do património e a situação insustentável de uma empresa que é cotada na bolsa".

 

O empresário angolano explica que o processo, que tem como fundamento uma alegada "violação de deveres, "surge na sequência da recusa de Bruno de Carvalho em se demitir, defendendo que "Portugal é um país democrático e de direito e não uma ditadura".

 

Álvaro Sobrinho disse ao jornal que a decisão desta acção, que deu entrada esta semana nos tribunais "para não prejudicar uma empresa cotada, deverá ser rápida e urgente".

 

O líder da Holdimo disse também que a acção resulta "de uma negação total de uma direção que, por si, acha que é dona de tudo", realçando que a "Sporting SAD está numa situação que tem de ter soluções viáveis e que a prioridade do accionista é arranjar uma solução, que passa evidentemente pela mudança da direcção".

 

A acção visa destituir Bruno de Carvalho, Carlos Vieira, Rui Caeiro e Guilherme Pinheiro da administração da SAD do Sporting -- todos excepto Nuno Correia da Silva, representante da empresa que é o segundo maior accionista da SAD.

 

Álvaro Sobrinho já tinha classificado anteriormente o presidente Bruno de Carvalho de "mentiroso compulsivo", "morto-vivo" e "malfeitor", prometendo usar "todos os instrumentos jurídicos" para o destituir.

 

A 15 de maio, antes do primeiro treino para a final da Taça de Portugal, a equipa de futebol do Sporting foi atacada na academia do clube, em Alcochete, por um grupo de cerca de 50 alegados adeptos encapuzados, que agrediram técnicos e jogadores. A GNR deteve 23 dos atacantes.

 

Paralelamente, a Polícia Judiciária deteve quatro pessoas na sequência de denúncias de alegada corrupção em jogos de andebol, incluindo o director desportivo do futebol, André Geraldes, que foi libertado sob caução e impedido de exercer funções desportivas.

 

O cenário agravou-se com as demissões da Mesa da Assembleia Geral, em bloco, da maioria dos membros do Conselho Fiscal e Disciplinar, instando o presidente do Sporting a seguir o seu exemplo, mas Bruno de Carvalho anunciou que se irá manter no cargo, apesar das seis demissões no Conselho Directivo.

 

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