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Plataforma chinesa Pandabuy apanhada com milhões de produtos falsificados

As investigações das autoridades chinesas aos armazéns da plataforma, equivalentes a 20 estádios de futebol, foram conduzidas após 16 marcas terem processado a Pandabuy por violações de propriedade intelectual.

DR
26 de Abril de 2024 às 12:00
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As autoridades chinesas, em conjunto com a polícia britânica, apreenderam milhões de produtos falsificados nos vários armazéns da Pandabuy, uma plataforma de comércio online localizada na China. Os espaços de armazenamento investigados equivalem a 20 estádios de futebol, afirmam as autoridades. 

As operações aconteceram no início do mês, quando as autoridades chinesas fizeram uma rusga a vários armazéns e à sede da empresa, em Hangzhou, na China, depois de 16 marcas terem processado a Pandabuy por violação de direitos de autor. Mais de 30 pessoas foram detidas e o principal tipo de produto apreendido foi calçado desportivo.

"Após seis meses de trabalho diligente, descobrimos que as atividades ilegais da Pandabuy abrangiam 5 cidades na China, envolvendo 2 mil e 200 trabalhadores e um total de 100 mil metros quadrados de espaço de armazenamento - o equivalente a 20 estádios de futebol", declarou uma empresa chinesa citada pelo The Guardian

A Pandabuy é uma plataforma de comércio online, com sede na China. A empresa age como um intermediário entre vendedores e consumidores - como também faz, por exemplo, o AliExpress -, não tendo produtos próprios. Nos últimos meses, a Pandabuy tornou-se uma plataforma viral no TikTok e outras redes sociais, devido as seus produtos baratos e a sua similaridade com artigos de marca.

A empresa chinesa continua a operar, embora de forma limitada. Numa resposta ao The Guardian, um representante da plataforma admitiu que a Pandabuy tem enfrentado "problemas legais nos seus serviços" e que estava a colaborar com as autoridades. "Ao mesmo tempo, a nossa equipa e as autoridades têm tomado todos os passos necessários para assegurar que os dados e os direitos dos nossos consumidores estão protegidos", concluiu. 

A investigação, segundo conta o World Trademark Review, começou em novembro de 2023 e teve como principais agentes as autoridades chinesas, a polícia britânica e várias agências de proteção da propriedade intelectual. O envolvimento das autoridades do Reino Unido justifica-se devido à sobreposição desta ação com a Operação Ashiko, que se foca em crimes de violação da propriedade intelectual e venda de bens falsificados.

"É a primeira vez que uma colaboração entre empresas, autoridades, escritórios de advogados e provedores de serviços resultou numa ação desta escala contra um agente de contrafação comercial", afirmou o detetive Andrew Masterson ao World Trademark Review, como citado pelo The Guardian. 
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