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A inovação no comércio eletrónico revolucionou a forma como fazemos compras, tornando possível comprar produtos e serviços em qualquer parte do mundo com apenas alguns cliques. Com os avanços tecnológicos, o comércio eletrónico evoluiu para além das experiências básicas de compras online, muitas delas despoletadas pelos recentes anos de desafios em forma de pandemia.
O mercado global de comércio eletrónico foi avaliado em 18,98 biliões de dólares em 2022, com a projeção de atingir os 47,73 biliões de dólares em 2030, crescendo a uma taxa composta de crescimento anual de 12,22%, de acordo com o último relatório da Research and Markets.
Com ou sem a ajuda da pandemia, a verdade é que ao longo dos últimos anos, o comércio eletrónico tem vindo a ganhar popularidade graças à facilidade e simplicidade com que se entregam artigos e serviços nas diferentes regiões do mundo. Segundo este relatório, divulgado em janeiro deste ano, existem 2,14 mil milhões de compradores de comércio eletrónico entre cerca de 8 mil milhões de pessoas em todo o mundo. À semelhança de diferentes segmentos de mercado, o setor retalhista também está a assistir a uma grande revolução graças à digitalização contínua e à chegada de tecnologia avançada. O marketing do comércio eletrónico global está a tornar-se um elemento crítico da estratégia das empresas, contribuindo significativamente para a economia dos países.
Segundo os analistas, prevê-se que o mercado global do comércio eletrónico registe um aumento devido a uma grande variedade de elementos diferentes, tais como o desenvolvimento de serviços de internet com largura de banda a um ritmo exponencial, a extraordinária penetração dos telemóveis, a estabilidade do mercado, a personalização e localização de produtos, juntamente com o declínio das despesas de internet.
Portugal não foge à regra. O "E-Commerce & Last Mile 2023" da Deloitte, realizado em parceria com a APLOG (Associação Portuguesa de Logística), avança que o mercado de e-commerce português tenha valorizado para 7,13 mil milhões de euros até ao final de 2023 e que atinja os 9,3 mil milhões de euros até 2025.
As tendências no e-commerce
Atualmente, a indústria do comércio eletrónico está repleta de inovações de ponta que moldam o futuro do retalho online. Segundo o relatório Salesforce State of Commerce, 76% das empresas de e-commerce portuguesas já utilizam IA, com 24% a ter a tecnologia já totalmente implementada e 52% em fase de teste e experimentação. "Acresce ainda 24% que está a avaliar se e como a IA pode ser implementada na sua operação", lê-se no documento.
Outra tendência que se tem vindo a registar é o facto de que as carteiras digitais surgiram como escolha de meio de pagamento. De acordo com os dados do Salesforce Commerce Cloud, a utilização de carteiras digitais para pagamentos, como o ApplePay ou o Google Pay, cresceu 56% no terceiro trimestre de 2023 em comparação com o ano anterior. Em Portugal, 57% das empresas aceitam pagamentos com Apple Pay.
O "não ter portes de envio", é indicado como fator decisivo para a escolha da loja por 39,9% dos portugueses que compram online
De resto, as funções de venda e comércio já não estão limitadas às montras digitais ou aplicações móveis, havendo oportunidades de negócio a serem incluídas em diferentes pontos de contacto com o cliente, pré e pós-venda. Por exemplo, 40% das empresas em Portugal, ainda segundo o Salesforce State of Commerce Report, têm funções de captura de pagamentos em emails de marketing, e 94% registam aumentos de faturação nos canais de serviço ao cliente. "As empresas de comércio estão focadas em impulsionarem a eficiência e o crescimento com inovações integradas e baseadas em IA, que permitem um caminho mais rápido para a compra e uma maior satisfação por parte do cliente. As empresas que conseguirem aproveitar eficazmente os dados dos seus clientes para construírem estas novas experiências de comércio conectado, vão permitir uma forte fidelização e rentabilidade dos clientes nos próximos anos", explica Michael Affronti, diretor-geral e vice-presidente sénior do Commerce Cloud, na Salesforce.
Preços mais baixos ajudam e-commerce
Os preços mais baixos e a entrega gratuita dos produtos são os fatores mais decisivos para a escolha das lojas digitais por parte dos portugueses que compram online. A conclusão do Barómetro E-Commerce, produzido pela Marktest e apresentado neste mês de março, revela também que a inexistência de portes de envios foi o fator decisivo que mais cresceu entre as duas últimas vagas deste estudo.
De acordo com as conclusões do barómetro, no universo de 62% de portugueses que já compram online, o fator preço continua a ser o mais preponderante na definição da loja online onde compram artigos: 58% dos compradores escolhem a loja com preços mais baixos.
Mas o fator que mais subiu entre 2022 para 2023 foi "não ter portes de envio", que cresceu 5,4 pontos percentuais e é já indicado como fator decisivo para a escolha da loja por 39,9% dos portugueses que compram online, ocupando assim a segunda posição deste "ranking". O terceiro fator mais indicado pelos portugueses continua a ser a disponibilidade dos artigos, indicada por 24,8% dos inquiridos.
O fosso entre o valor das ações da Amazon e dos outros gigantes do comércio eletrónico poderá tornar-se ainda maior no futuro.
Refira-se também que o segundo fator que mais subiu nas duas últimas edições do estudo foi o método de pagamento utilizado, com um acréscimo de 3,5 pontos percentuais, para 21,1%. Com este crescimento, o fator relacionado com os métodos de pagamento sobe duas posições no "ranking" de fatores de escolha, passando do 9.º para o 7.º lugar.
O fenómeno Amazon
Se dúvidas houvesse do crescimento deste mercado, seriam satisfeitas ao analisar os ganhos dos gigantes deste setor. A Amazon, de acordo com os dados apresentados pela Stocklytics.com, ganhou 636 dólares por segundo em 2023, mais do que os seus rivais chineses Alibaba e Pinduoduo juntos, valendo agora três vezes mais do que os cinco maiores gigantes do comércio eletrónico juntos. Além de ter o maior lucro líquido de todos os gigantes do comércio eletrónico, a Amazon adicionou mais de 900 mil milhões ao valor das suas ações no ano passado. Em março de 2023, a capitalização de mercado da empresa era de cerca de 960 mil milhões. Desde então, esse número dobrou e atingiu 1,82 biliões no início de março.
O fosso entre o valor das ações da Amazon e dos outros gigantes do comércio eletrónico poderá tornar-se ainda maior no futuro. No início de março, as ações da Amazon foram negociadas a 175 dólares. De acordo com as previsões de preços da Stocklytics AI, este valor poderá atingir mais de 200 dólares nos próximos doze meses.
O acordo, diz a empresa em comunicado, dará aos retalhistas acesso a uma rede de entregas consolidada para oferecerem entregas rápidas e fiáveis através dos seus próprios canais de vendas, com maior controlo e transparência tanto para os clientes como para os gestores de serviços. Uma parceria que, segundo a empresa lusa, promete redefinir a experiência do retalho local, permitindo que as lojas mais pequenas possam competir em pé de igualdade com as gigantes e-commerce.
"Com o nosso profundo conhecimento das operações de retalho, desde o processamento de encomendas até à recolha e expedição, foi um passo lógico colaborar com a Uber Direct para abordar esta fase crucial da cadeia de abastecimento", afirmou Hugo Lopes, "chief technical officer" e cofundador da Inovretail. "Agora, os retalhistas que utilizam o Seeplus, a plataforma SaaS da Inovretail, têm acesso à Uber Direct para entrega imediata e até para devoluções expresso. Tudo isto é possível graças à sinergia entre a nossa tecnologia de retalho e a logística eficiente da Uber".
Focada em conseguir uma integração bem-sucedida das experiências em loja com os processos digitais, a Inovretail conta, desde 2016, com o investimento da Bright Pixel Capital, anteriormente designada por Sonae IM, para impulsionar o seu crescimento a nível global.
As candidaturas ao Prémio Nacional de Inovação estão divididas em dois grupos de categorias: tecnologias, relacionado com a temática da inovação, seja nos processos, tecnologias, ou noutros âmbitos de atuação das empresas e segmento de negócio, relacionado com o setor de atividade da organização.
Além dos prémios atribuídos em cada uma das categorias, serão ainda entregues quatro prémios - três por dimensão da organização (Grande Organização, PME e Startup) e o Prémio Personalidade.
O Prémio Nacional de Inovação é uma iniciativa promovida pelo Jornal de Negócios, BPI e Claranet, que conta a Galp como patrocinadora, Cascais como município inovador, e a ANI - Agência Nacional de Inovação e a COTEC Portugal como parceiros institucionais, e a Nova SBE como "knowledge partner".
Mais informações em www.premionacionaldeinovação.pt