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Lucros da Mota-Engil ficaram nos 50 milhões em 2016

Os lucros da Mota-Engil ficaram nos 50 milhões de euros em 2016, e graças à venda de activos.

A Mota-Engil não costuma integrar o top das mais lucrativas da bolsa nacional. No entanto, a empresa liderada por Gonçalo Moura Martins, conseguiu uma mais-valia extraordinária de 63 milhões de euros com a venda do negócio portuário e de logística. Essa operação contribuiu para um lucro de 64 milhões de euros no primeiro trimestre, 21 vezes mais que no mesmo período de 2015.
27 de Março de 2017 às 21:18
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Os lucros da Mota-Engil ficaram nos 50 milhões de euros em 2016, um crescimento superior a 2,5 vezes face aos 19 milhões apurados no ano anterior. Os analistas do CaixaBI estimavam que os lucros poderiam atingir os 86 milhões de euros, quatro vezes mais que os resultados de 2015. 

Na apresentação disponibilizada somente em inglês no site da CMVM, a Mota-Engil, liderada por Gonçalo Moura Martins (na foto), diz apenas que os lucros foram "impactados positivamente pela venda de activos", que permitiu compensar o aumento nos custos financeiros, afectados por uma política de provisionamento conservadora. O valor das provisões não foi revelado nem o montante das mais-valias geradas pela venda de activos.

A Mota-Engil vendeu 50,06% da Indáqua, que levou a um encaixe de 60 milhões de euros, bem como a venda da Mota-Engil Logística e da Tertir (negócio de portos e logística) que permitiu um encaixe de 275 milhões de euros.

A Mota-Engil, na apresentação disponibilizada, revela apenas que registou um custo financeiro global de 3 milhões de euros.

A empresa já tinha revelado o volume de negócios que confirma nesta apresentação de 2,2 mil milhões de euros, menos 9% que no ano anterior. A carteira de encomendas atingiu, no final do ano, 4,4 mil milhões de euros, o que a Mota-Engil diz que abre caminho para o regresso ao crescimento em 2017. O EBITDA em 2016 caiu, também, 9% para 334 milhões de euros.

O mercado europeu contabilizou 839 milhões de euros de volume de negócios, uma queda de 16%, superior à descida de 15% registado no negócio africano, que ficou nos 709 milhões de euros. A América Latina já superou o negócio africano, registando um volume de negócios de 729 milhões de euros, um crescimento de 4% face a 2015.

A margem EBITDA ficou nos 15%, o que a empresa atribui "à rentabilidade forte na Europa e África". 

A dívida líquida teve uma redução de 296 milhões de euros para 1,159 mil milhões. 

Para 2017, a Mota-Engil diz esperar um crescimento no negócio com a estabilização da margem EBITDA, e estima um investimento de capital de 120 milhões de euros, incluindo a EGF.

A Mota-Engil subiu na sessão desta segunda-feira, 27 de Março, 0,06% para 1,746 euros. 

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