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Lucros da Mota-Engil em 2016 terão aumentado mais de quatro vezes

Depois de ter revelado uma queda surpresa nas receitas, os analistas aguardam com expectativa a divulgação dos resultados líquidos da construtora.

Miguel Baltazar/Negócios
24 de Março de 2017 às 07:15
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A Mota-Engil deverá anunciar na próxima terça-feira, 28 de Março, que fechou 2016 com resultados líquidos de 86 milhões de euros, um valor mais de quatro vezes superior aos lucros obtidos em 2015 (19 milhões de euros).

 

A estimativa é do CaixaBI, que numa nota de research a que o Negócios teve acesso diz que os números globais que a Mota-Engil vai anunciar deverão permitir perceber a queda inesperada nas receitas, que a construtora revelou a 15 de Março.

 

Os resultados preliminares revelados pela empresa liderada por Gonçalo Moura Martins (na foto) apontam para uma quebra de 9% no volume de negócios para 2,2 mil milhões de euros e uma descida da dívida líquida de 16% para 1,2 mil milhões de euros.

 

Números que foram mal recebidos pelo mercado e que fizeram aumentar a expectativa sobre os resultados globais de 2016, até porque a Mota-Engil não revelou os resultados do terceiro trimestre.

 

"Os resultados anuais vão providenciar mais informação sobre como as operações evoluíram em 2016, mas estamos também muito interessados em saber quais são as perspectivas da empresa para o futuro mais próximo", refere analista do CaixaBI, José Mota Freitas.

 

O analista assinala que a construtora definiu um "ambicioso" plano estratégico, com metas que prevêem quase duplicar as receitas e o EBITDA até 2020, que "parecem agora muito longe de serem alcançadas".

 

No final do ano passado, aquando da apresentação do plano estratégico 2016-2020, a Mota-Engil colocou como meta aumentar o volume de negócios para quatro mil milhões de euros.

 

Quanto aos resultados líquidos, a forte subida está relacionada com a venda de 50,06% da Indáqua, que levou a um encaixe de 60 milhões de euros, bem como a venda da Mota-Engil Logística e da Tertir (negócio de portos e logística) que permitiu um encaixe de 275 milhões de euros.

As estimativas do CaixaBI apontam para um EBITDA ajustado de 335 milhões de euros, com os resultados operacionais a aumentarem para 194 milhões de euros.  

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