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Mota-Engil ganha concurso de 2,3 mil milhões de dólares em Moçambique

O concurso para a construção da linha férrea a partir de Moatize até Sopinho, incluindo o porto de águas profundas de Macuse, foi adjudicado à Mota-Engil.

O Haitong avalia as acções da Mota-Engil em 2,00 euros, o que implica um potencial de valorização 40%. A recomendação é de neutral.

O banco de investimento assinala que a Mota-Engil expandiu a sua actividade para África e América Latina, que são agora os seus mercados mais importantes. No final do primeiro semestre a construtora tinha uma carteira de encomendas de 4,6 mil milhões de euros, com a o mercado europeu a ter um peso de apenas 20%. O Haitong estima que a dívida líquida de 1,5 mil milhões de euros desça nos próximos tempos devido à venda da Ascendi. “Contudo, a companhia ainda não conseguiu atingir um crescimento orgânico no seu ‘cash flow’ de forma a mostrar que pode reduzir a alavancagem de uma forma sustentada”, refere o Haitong, assinalando que apesar do potencial de valorização, a recomendação é neutral devido à “necessidade de uma maior clareza sobre as encomendas em África”.
Bruno Simão
13 de Março de 2017 às 09:49
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A Mota-Engil ganhou o concurso avaliado em 2,3 mil milhões de dólares (cerca de 2,1 mil milhões de euros) para a construção de uma linha férrea em Moçambique. O contrato inclui as obras de construção da linha férrea a partir de Moatize, em Tete, até Sopinho, bem como o porto de águas profundas de Macuse, na Zambézia.

A informação foi divulgada pelo presidente do CODIZA, Corredor de Desenvolvimento da Zambézia, Abdul Carimo, em entrevista à Rádio Moçambique. O responsável adiantou ainda que o concurso contou com a participação de seis empresas.

"Durante seis meses estivemos a discutir, a analisar, a avaliar e neste momento já foi encontrada quem é a empresa vencedora. Já temos mais ou menos o preço fixado e estamos prontos já para assinar o contrato de adjudicação para a empresa começar com os trabalhos", detalhou Abdul Carimo.

Para os analistas do Haitong a adjudicação desta obra à construtora portuguesa "pode ser muito positiva". No entanto, sublinham que é preciso "perceber se este projecto está totalmente financiado" e se a Mota-Engil vai trabalhar em consórcio ou não.

"Pelo que percebemos, os candidatos iniciais para o projecto foram duas empresas chinesas e turcas não reveladas, bem como uma empresa brasileira e uma sul-coreana. Este projecto está em cima da mesa há alguns anos e, aparentemente, a recuperação dos preços do carvão ressuscitou o interesse em prosseguir com ele", lê-se na mesma nota do ex-BESI.

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