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Mota-Engil afunda mais de 5% após quebra da actividade em 2016

O CaixaBI considera que os dados preliminares sobre a actividade da construtora constituem "surpresas negativas" e espera pelos resultados, a 21 de Abril, para rever as suas estimativas.

A Mota-Engil não costuma integrar o top das mais lucrativas da bolsa nacional. No entanto, a empresa liderada por Gonçalo Moura Martins, conseguiu uma mais-valia extraordinária de 63 milhões de euros com a venda do negócio portuário e de logística. Essa operação contribuiu para um lucro de 64 milhões de euros no primeiro trimestre, 21 vezes mais que no mesmo período de 2015.
16 de Março de 2017 às 11:14
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As acções da Mota-Engil estão a descer 3,35% para 1,703 euros, depois de terem chegado a desvalorizar um máximo de 5,22% para 1,67 euros, o valor mais baixo desde 7 de Março.

 

A pesar no desempenho dos títulos estão os dados preliminares sobre a actividade da construtora em 2016, revelados na quarta-feira, que apontam para uma quebra de 9% no volume de negócios para 2,2 mil milhões de euros e uma descida da dívida líquida de 16% para 1,2 mil milhões de euros.

 

Para o CaixaBI, a informação disponibilizada "apresenta dois desenvolvimentos claramente negativos: a diminuição do volume de negócios em 9% é significativa e ultrapassa a nossa expectativa de se vir a verificar uma contracção de 1,5%; e a dívida líquida terminou 2016 cerca de 100 milhões de euros acima do estimado, indiciando um maior aumento das necessidades de fundo de maneio".

 

Na nota de análise divulgada esta quinta-feira, 16 de Março, a unidade de investimento da Caixa Geral de Depósitos, destaca que, além desta surpresas negativas, "o trading update agora disponibilizado salienta a volatilidade da evolução operacional da empresa e ilustra a pertinência dos reportes trimestrais de resultados".

 

Nesse sentido, os analistas vão aguardar pela apresentação de resultados da construtora a 21 de Abril para rever as suas estimativas para a empresa.

 

Além dos dados relativos ao volume de negócios e à dívida, a Mota-Engil revelou que a sua carteira de encomendas atingiu, no final do ano passado, os 4,4 mil milhões de euros, dos quais quatro mil milhões têm origem nos mercados externos.

 

Nas primeiras horas de negociação já foram negociados mais de 510 mil títulos da construtora, um valor acima da média diária dos últimos seis meses, que não vai além dos 464 mil.

 

Apesar da descida registada na sessão de hoje, as acções da Mota-Engil ainda ganham mais de 5,5% desde o início do ano, uma evolução justificada sobretudo pelas recentes subidas, que foram motivadas pelo novo contrato de 2,3 mil milhões de dólares em Moçambique.

 

Esta quarta-feira, o presidente executivo da Thai Mozambique Logistics (TML), José Pires da Fonseca, confirmou que o contrato para a construção da linha férrea a partir de Moatize até Sopinho, incluindo o porto de águas profundas de Macuse, foi adjudicado à Mota-Engil e à China National Complete Engineering Corp.

O contrato para o arranque do projecto, que é detido em 60% pela TML, deverá ser assinado com a empresa liderada por Gonçalo Moura Martins  no próximo mês, revelou o responsável à Bloomberg.

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.

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