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APED queria que taxa sobre sacos plásticos fosse aplicada de forma atenuada

A Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) concorda com os objectivos de sustentabilidade ambiental previstos na aplicação da taxa sobre os sacos de plásticos leves, mas considera que a medida deveria ter sido feita de forma atenuada.

12 de Fevereiro de 2015 às 18:49
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"A partir de dia 15 de Fevereiro estará em vigor uma taxa sobre os sacos plásticos leves que são aqueles sacos de densidade mais fina, que os consumidores conhecem bem dos supermercados, sobretudo do sector alimentar", explicou a directora-geral da APED, Ana Isabel Trigo Morais, à Lusa.

 

Segundo a responsável, vai haver "uma resposta de todos os sectores da distribuição para colocar no mercado uma diversidade de soluções à disposição do consumidor e uma variedade muito grande de opções para transportar as suas compras para casa".

 

Ana Isabel Trigo Morais recordou que este "não é um tema novo para o sector da distribuição", já que tem sido trabalhado no âmbito das políticas de sustentabilidade das empresas no sector, que tem vindo a "contribuir para a redução de utilização de sacos de plástico em Portugal".

 

Para a APED, o Governo, "no processo legislativo e no processo de elaboração desta política, poderia ter tido mais cuidado na sua implementação", já que "poderia ter ouvido um conjunto de agentes económicos para ajudar a que esta implementação da medida ocorresse de uma maneira mais tranquila e que permitisse que os agentes económicos e também os consumidores se fossem adaptando melhor".

 

O sector da distribuição que é representado pela APED, "concordando com os objectivos de sustentabilidade ambiental desta medida, teria preferido que a sua implementação tivesse sido feito de uma forma mais atenuada para que todos se pudessem adaptar e fazer uma transição deste regime de sacos descartáveis para sacos reutilizáveis", disse a directora-geral.

 

Esta medida "vem de facto ajudar a que o consumidor ganhe uma sensibilidade acrescida para os sacos reutilizáveis, vemos aqui a continuação da nossa mensagem, que é: 'Há mais vida nos sacos de plástico, vamos deixar de usar sacos descartáveis para usarmos sacos reutilizáveis'", acrescentou.

 

Ana Isabel Trigo Morais recordou que a legislação aprovada pelo executivo, "ao introduzir a taxa que é paga pelo fornecedor ou por quem os [sacos] importar para o território nacional", obriga também "todos os retalhistas e todos os comerciantes que disponibilizem sacos ao consumidor a cobrá-los".

 

A legislação "traz uma dupla obrigação: a obrigação de quem produz de pagar a taxa e a obrigação de quem disponibiliza os sacos de os vender. Qualquer comerciante de qualquer sector em Portugal é obrigado a cobrar ao consumidor o saco de plástico", salientou.

 

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