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Zurich não ficou com Tranquilidade porque não avançou preço e já estava em Portugal

A seguradora suíça tinha de avançar com uma "mais-valia" face ao fundo Apollo para conseguir ficar com a Tranquilidade, disse Peter Brito e Cunha. Isto porque já tinha presença no mercado português.

Miguel Baltazar/Negócios
11 de Fevereiro de 2015 às 19:17
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Não se aceitou a intenção da Zurich em avançar para a compra da Tranquilidade porque a seguradora suíça só tinha avançado uma carta de intenções quando a Apollo já havia concretizado uma oferta vinculativa. Mas não só: também havia receios com o impacto que tal pudesse ter no mercado, tendo em conta que a Zurich está já no mercado português.


"A Zurich disse que estava interessada mas nunca apresentou um preço. E a empresa ou apresentava um preço muito superior àquilo que o fundo de "private equity [Apollo] apresentava ou era muito difícil acontecer", explicou Peter Brito e Cunha (na foto) à deputada centrista Teresa Anjinho na comissão parlamentar de inquérito à gestão do BES e do GES.

 

Porque era difícil de acontecer? Era preciso uma grande mais-valia, disse o antigo responsável da Tranquilidade. "É óbvio que a operação acabava numa fusão. E, como sabe, uma fusão quer dizer corte de custos e, obviamente, muita perda de postos de trabalho. Isso eu não queria que acontecesse".

 

Quando a venda da seguradora foi adjudicada ao fundo norte-americano Apollo, o ESFG (que havia perdido a seguradora para o Novo Banco graças à execução de um penhor) lamentou que a proposta da Zurich não tivesse sido tomada em conta, dizendo que havia "intenção de oferecer um preço mais atractivo do que o avançado pelo Apollo".

 

O fundo norte-americano pagou cerca de 50 milhões de euros ao Novo Banco e comprometeu-se a injectar 150 milhões para capitalizar a sociedade, depois do financiamento que esta tinha feito ao GES. 

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