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Bico quer reforçar relações financeiras entre Portugal e Suíça
O CEO da sucursal portuguesa da Zurich é o novo presidente da Câmara de Comércio e Indústria Suíça em Portugal, que conta com 140 associados.
O novo presidente da Câmara de Comércio e Indústria Suíça em Portugal (CCISP), António Bico, traçou como objectivo "reforçar as relações económicas e financeiras" entre os dois países nos próximos três anos. Segundo os dados do INE, em 2014 havia mais de 3.400 empresas portuguesas a exportar para o território helvético, que é o 15.º cliente dos negócios portugueses e o seu 28.º fornecedor.
Entre Janeiro e Novembro do ano passado, as exportações de produtos portugueses para a Suíça subiram 7,6% face ao período homólogo, para 428,6 milhões de euros. Nos primeiros 11 meses do ano, também em relação a igual período de 2014, as importações sofreram um decréscimo de 2,7%, totalizando 245,6 milhões de euros e contribuindo assim para o saldo positivo da balança comercial em perto de 180 milhões de euros.
Como reflexo dos crescentes interesses económicos portugueses na Suiça, onde reside uma grande comunidade de emigrantes, a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) inaugurou em Fevereiro uma delegação em Zurique, no âmbito do reforço da sua rede internacional cujo plano inclui também a abertura de representações em Teerão, a capital iraniana, e em Astana, capital do Cazaquistão.
Na presidência executiva desde 2007
Segundo a nota curricular divulgada pela Zurich Portugal, o presidente executivo da sucursal da seguradora suiça foi eleito "por unanimidade" na derradeira assembleia-geral da CCISP, um organismo fundado em 1987 e que conta actualmente com mais de 140 associados, entre empresas e particulares.
Quadro da companhia desde 1996, António Bico ascendeu à presidência executiva em 2007 após ocupar várias funções de responsabilidade. Estudou no Instituto de Estudos Superiores Financeiros e Fiscais do Porto (IESF), onde fez um mestrado em Gestão e Negócios e também um MBA.
Em 2013, após a conclusão de um processo de reestruturação que implicou a reorganização na área de vendas e também a saída de meia centena de trabalhadores na Zurich Portugal, o gestor sustentou, em entrevista ao Negócios, que "num momento de recessão e decréscimo do volume de negócios é fundamental que as organizações se ajustem".