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Vieira da Silva vai ao Parlamento falar do Montepio mais de um mês após convocatórias

Realiza-se na próxima quarta-feira, 17, a audição do ministro do Trabalho sobre o Montepio. Além de perguntas sobre a associação mutualista, será discutida a política geral do Ministério tutelado por Vieira da Silva.

Miguel Baltazar
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Um mês e meio depois do primeiro requerimento a pedir para ouvir José António Vieira da Silva sobre o Montepio, há já uma data para a audição: é na próxima quarta-feira, dia 17 de Maio. Contudo, a discussão sobre a associação mutualista não vai ser o tema único.

 

Segundo a convocatória disponibilizada no site do Parlamento, a comissão de Trabalho e Segurança Social vai receber o ministro "para debater a política geral do Ministério e outros assuntos de actualidade". Além disso, o Montepio, que é um grupo mutualista e que, portanto, é tutelado pelo Ministério da Solidariedade, concentra dois pontos específicos do encontro: a situação da associação e a entrada da Santa Casa na caixa económica. 

 

O CDS fez, no início de Abril, um requerimento para que o governante falasse sobre a "possibilidade de a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa entrar no capital do Montepio Geral". Em causa está a hipótese que tem sido avançada de a entidade presidida por Santana Lopes poder entrar na Caixa Económica Montepio Geral. 

 

A Santa Casa de Lisboa, encabeçada por Santana Lopes, está a avaliar a possibilidade de investimento na caixa liderada por José Félix Morgado, prometendo uma decisão para Junho. Vieira da Silva afirmou que viu com "simpatia" esse facto. O Público noticiou que o Governo estuda, também, o envolvimento da Santa Casa da Misericórdia do Porto na solução.

 

Há um outro requerimento, da autoria do BE, este datado do final de Março, para perceber a situação no grupo mutualista, cujo líder, Tomás Correia, é arguido em investigações judiciais, nomeadamente uma saída da Operação Marquês.

 

O Montepio é a maior associação mutualista do país e detém a maior caixa económica nacional. O Banco de Portugal empreendeu uma estratégia de separação entre as duas entidades, que passou pela transformação desta última em sociedade anónima. O objectivo é que, havendo necessidade de capitalização da caixa, essa possa ser feita por investidores externos.

 

No caso da mutualista, continua por empreender uma mudança no Código das Associações Mutualistas, prevista há mais de dois anos. Não houve um acordo no Executivo anterior nem há novidades no novo Governo em relação a esta modificação, cujo objectivo era passar a supervisão da associação para o regulador dos seguros, a ASF.

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