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Governo estuda solução para o Montepio que também envolve Santa Casa do Porto
Uma das várias soluções que estão a ser estudadas entre o Governo e o supervisor para o Montepio passa por uma ajuda indirecta da Santa Casa de Lisboa e do Porto que permita fornecer liquidez e capital ao banco, segundo o Público.
A solução para a Caixa Económica Montepio Geral pode passar por uma ajuda indirecta das Santas Casas da Misericórdia de Lisboa e do Porto, em parceria com uma sociedade financeira, de acordo com o jornal Público.
Esta é uma das hipóteses que estará a ser estudada pelo Ministério do Trabalho e da Segurança Social e pelo Banco de Portugal. A solução que está a ser analisada passa pela constituição de uma entidade veículo participada pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, pela Santa Casa da Misericórdia do Porto e por uma sociedade não bancária.
Neste cenário seriam criados instrumentos financeiros que não implicam a entrada imediata da Santa Casa no capital da Caixa Económica, mas a solução acomodaria a possibilidade de conversão dos títulos em acções, caso houvesse quebra de reembolso no prazo de vencimento.
O Montepio perdeu 876 milhões de euros em depósitos nos primeiros três meses deste ano, numa quebra de 4%. No mesmo período voltou aos lucros, de 11,1 milhões.
Esta terça-feira, a assembleia-geral da Associação Mutualista Montepio geral, dona da Caixa Económica Montepio Geral (CEMG), aprovou a passagem do banco a sociedade anónima, o que permitirá abrir o capital a novos investidores.
Embora o provedor da Santa Casa da Misericórdia tenha sublinhado no início de Abril que a instituição não tinha "intenção rigorosamente nenhuma em relação ao Montepio" – depois de o ministro do Trabalho ter apadrinhado a entrada da Santa Casa na instituição – Pedro Santana Lopes suavizou mais tarde a sua posição, quando admitiu que pediu estudos sobre esse assunto e quando acrescentou a decisão será tomada até ao final de Junho.