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"Governo vê com simpatia" eventual entrada da Santa Casa no Montepio

O ministro do Trabalho, António Vieira da Silva, disse hoje que o Governo vê com "simpatia e naturalidade" a eventual entrada da Santa Casa da Misericórdia e outras instituições da área social no capital da Caixa Económica Montepio Geral.

Miguel Baltazar/Negócios
30 de Março de 2017 às 15:35
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"O Governo vê sempre com simpatia o reforço da associação entre as diversas instituições e famílias da chamada economia social", disse Vieira da Silva, à margem da apresentação do Relatório Global sobre os Salários 2016/17, da Organização Internacional do Trabalho (OIT), em Lisboa.

 

O ministro comentava a notícia hoje avançada pelo Diário de Notícias, segundo a qual o "Governo apadrinha entrada da Santa Casa no Montepio", assim como de outras instituições da área social no banco. O jornal adianta ainda que o "projecto passa por recentrar a Caixa Económica no apoio à economia social".

 

O ministro sublinhou que "esse reforço é visto com muita naturalidade" e que nada tem a comentar de negativo quanto a uma "interacção mais forte entre instituições que prosseguem fins de natureza social e que têm peso económico na sociedade portuguesa".

 

Sobre um eventual afastamento do presidente da Associação Mutualista Montepio Geral, Tomás Correia, desta associação depois de ter sido constituído arguido num inquérito extraído da "Operação Marquês" e que remonta ao tempo em que era presidente do Montepio, o ministro foi parco em palavras.

 

"A administração da Associação Mutualista não é nomeada pelo Governo, é uma instituição mutualista cuja administração resulta de um processo eleitoral democrático interno, tem órgãos próprios nos vários planos de gestão, acompanhamento e fiscalização. Não posso responder a essa questão, porque o Governo não tem tutela sobre essas instituições", disse.

 

O governante acrescentou ainda: "Não vou fazer comentários sobre especulações sobre o plano do que [o Governo] pode ou não fazer. O Governo acompanha todas as situações, mas a primeira palavra é sempre a das próprias instituições que escolhem os seus dirigentes e que têm os mecanismos de fiscalização da sua acção".

 

Tomás Correia foi constituído arguido num processo em que é suspeito de ter recebido indevidamente 1,5 milhões de euros do empresário da construção civil José Guilherme, confirmou recentemente à agência Lusa fonte ligada à investigação.

 

A mesma fonte precisou à Lusa que Tomás Correia não é arguido na "Operação Marquês", mas num outro inquérito autónomo resultante de elementos recolhidos naquela investigação em que o ex-primeiro-ministro José Sócrates é um dos arguidos.

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