Notícia
Venda do Novo Banco decidida após revisão das ofertas
A escolha do vencedor da corrida ao Novo Banco será feita esta semana. Banco de Portugal aguarda revisão final das propostas para decidir entre a Lone Star e o consórcio Apollo/Centerbridge.
O Banco de Portugal aguarda a revisão final das ofertas para a compra do Novo Banco para decidir quem vai comprar a instituição. A escolha, a apresentar até ao final do dia de quarta-feira, será entre a Lone Star e o consórcio Apollo/Centerbridge, uma vez que o China Minsheng não apresentou as garantias financeiras exigidas.
Ao que o Negócios apurou, o favoritismo atribuído nos últimos dias à oferta da Lone Star, que começou por ser a segunda mais interessante a seguir à do candidato chinês, pode vir a ser anulado por uma melhoria da proposta do rival norte-americano. No mercado, admite-se que a aliança Apollo/Centerbidge venha a rever a sua oferta, igualando ou superando as condições financeiras do outro candidato oriundo dos Estados Unidos. No limite, a possibilidade de a Holding Violas Ferreira vir a juntar-se àquele consórcio – hipótese de que o supervisor não tem conhecimento formal – pode fazer a diferença, no caso de o Banco de Portugal vir a ser confrontado com duas propostas financeiramente equivalentes.
Certo é que a entidade liderada por Carlos Costa terá de tomar uma decisão sobre o vencedor da corrida ao Novo Banco até ao final de quarta-feira. É que a validade da proposta da Lone Star termina a 4 de Janeiro, dia em que passam 60 dias sobre a entrega das propostas finais, prazo mínimo aceite pelo Banco de Portugal.
Apesar da pressão sobre o calendário da decisão, a equipa técnica responsável pelo processo, liderada por Sérgio Monteiro, tem mantido contactos com os três candidatos desafiando-os a um último esforço de melhoria das suas propostas. Diligências que, a terem reflexos nas condições das ofertas em cima da mesa, poderão condicionar a decisão final do supervisor. Qualquer escolha do BdP ficará também condicionada à aprovação do Governo.
Chineses ainda não deram garantias
A proposta do China Minsheng era a mais arrojada financeiramente, já que oferecia 750 milhões de euros por uma posição de controlo no Novo Banco. No entanto, o grupo chinês ainda não apresentou as garantias sobre a sua capacidade de honrar a sua proposta exigidas pelo Banco de Portugal. Formalmente, o Minsheng ainda não foi eliminado da corrida à compra do banco liderado por António Ramalho. Mas, na prática, a sua oferta já está fora do radar.
Lone Star Força decisão rápida
A Lone Star propõe-se pagar 750 milhões de euros para ficar com 100% do Novo Banco, onde se compromete a injectar mais 750 milhões no caso de sair vencedor do concurso. A sua proposta é válida apenas até 4 de Janeiro, posição que impõe uma decisão rápida por parte do Banco de Portugal. A oferta pressupõe uma garantia estatal para um mecanismo de gestão de activos problemáticos que deverão garantir receitas futuras ao Estado. Uma solução que exige aval das autoridades europeias e do Governo.
Apollo estará a melhorar proposta
A proposta do consórcio Apollo/Centerbridge ganhou interesse com a saída de jogo do China Minsheng. Apesar de a primeira versão da sua proposta final ser a menos interessante, há a expectativa de que os fundos norte-americanos venham a melhorar a sua oferta financeira. A eventual entrada de parceiros portugueses pode dar novo fôlego à aliança norte-americana em cima da meta na corrida pelo Novo Banco.
Ao que o Negócios apurou, o favoritismo atribuído nos últimos dias à oferta da Lone Star, que começou por ser a segunda mais interessante a seguir à do candidato chinês, pode vir a ser anulado por uma melhoria da proposta do rival norte-americano. No mercado, admite-se que a aliança Apollo/Centerbidge venha a rever a sua oferta, igualando ou superando as condições financeiras do outro candidato oriundo dos Estados Unidos. No limite, a possibilidade de a Holding Violas Ferreira vir a juntar-se àquele consórcio – hipótese de que o supervisor não tem conhecimento formal – pode fazer a diferença, no caso de o Banco de Portugal vir a ser confrontado com duas propostas financeiramente equivalentes.
Apesar da pressão sobre o calendário da decisão, a equipa técnica responsável pelo processo, liderada por Sérgio Monteiro, tem mantido contactos com os três candidatos desafiando-os a um último esforço de melhoria das suas propostas. Diligências que, a terem reflexos nas condições das ofertas em cima da mesa, poderão condicionar a decisão final do supervisor. Qualquer escolha do BdP ficará também condicionada à aprovação do Governo.
Tome nota
Ponto de situação das propostas dos três finalistas
Chineses ainda não deram garantias
A proposta do China Minsheng era a mais arrojada financeiramente, já que oferecia 750 milhões de euros por uma posição de controlo no Novo Banco. No entanto, o grupo chinês ainda não apresentou as garantias sobre a sua capacidade de honrar a sua proposta exigidas pelo Banco de Portugal. Formalmente, o Minsheng ainda não foi eliminado da corrida à compra do banco liderado por António Ramalho. Mas, na prática, a sua oferta já está fora do radar.
Lone Star Força decisão rápida
A Lone Star propõe-se pagar 750 milhões de euros para ficar com 100% do Novo Banco, onde se compromete a injectar mais 750 milhões no caso de sair vencedor do concurso. A sua proposta é válida apenas até 4 de Janeiro, posição que impõe uma decisão rápida por parte do Banco de Portugal. A oferta pressupõe uma garantia estatal para um mecanismo de gestão de activos problemáticos que deverão garantir receitas futuras ao Estado. Uma solução que exige aval das autoridades europeias e do Governo.
Apollo estará a melhorar proposta
A proposta do consórcio Apollo/Centerbridge ganhou interesse com a saída de jogo do China Minsheng. Apesar de a primeira versão da sua proposta final ser a menos interessante, há a expectativa de que os fundos norte-americanos venham a melhorar a sua oferta financeira. A eventual entrada de parceiros portugueses pode dar novo fôlego à aliança norte-americana em cima da meta na corrida pelo Novo Banco.