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Sérgio Monteiro tem novo contrato de até 6 meses por 25 mil euros por mês

Tal como o Negócios noticiou, Sérgio Monteiro ganhou em Novembro mais três meses para vender o Novo Banco. Mas o contrato pode ir até Abril. O antigo governante continua a receber 25,4 mil euros por mês.

Sérgio Monteiro é o 41.º Mais Poderoso 2015
Sérgio Monteiro foi uma promessa na lista de poderosos do Negócios de 2014 que se confirmou. Entra em 2015. Ao fim de 15 anos, o Governo conseguiu vender a TAP num processo que, no entanto, teve dois andamentos. Nas PPP rodoviárias, fechou já seis revisões de contratos. Nos transportes, lançou as subconcessões. Antes desta fase mais difícil, esteve envolvido em quase todas as grandes privatizações. A sua acção, claro que com a aprovação do Governo, mudou o universo das empresas do Estado. Um percurso a estar atento.
02 de Janeiro de 2017 às 10:27
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O novo contrato de Sérgio Monteiro para vender o Novo Banco estende-se até ao final deste mês. Contudo, as cláusulas contratuais prevêem que possa ir até Abril. As condições financeiras mantêm-se: uma remuneração de 25,4 mil euros por mês.

 

"O contrato inicia-se a 1 de Novembro de 2016 e mantém-se em vigor pelo prazo de três meses, considerando-se automaticamente renovado por períodos sucessivos de um mês, até um máximo de três meses, se nenhuma das partes não o denunciar, sem prejuízo das obrigações acessórias que devam perdurar para além da sua cessação", assinala o contrato publicado a 5 de Dezembro no portal Base. O primeiro contrato foi de Novembro de 2015 até ao mesmo mês do ano seguinte, pelo que este lhe dá continuidade. 

 

O Negócios tinha já noticiado, no final de Outubro, a extensão da ligação entre Sérgio Monteiro e o Banco de Portugal por três meses, isto é, até Janeiro, mas o documento publicado no Base menciona a possibilidade de o contrato prolongar-se até Abril. O antigo secretário de Estado dos Transportes está a gerir o processo de venda do Novo Banco desde o final de 2015 e a intenção inicial era fechar o dossiê no ano passado, o que não aconteceu.

 

As condições contratuais mantêm-se idênticas no segundo contrato: Sérgio Monteiro aufere uma remuneração bruta de 25,4 mil euros por mês, acrescidos de IVA. O primeiro contrato, de 12 meses, custou ao regulador da banca 304,8 mil euros enquanto este último tem um custo de 152,4 mil. A ambos os valores acresce o do imposto. Mensalmente, são os 25,4 mil euros, a que se soma o IVA. Com uma taxa de 23%, o valor bruto recebido supera os 30 mil euros.

 

Aquando do primeiro contrato, o Banco de Portugal quis assegurar dois aspectos: Sérgio Monteiro tem uma remuneração igual à que recebia no CaixaBI antes de ir para o Governo de Passos Coelho; e presta serviços ao Fundo de Resolução, a entidade que será responsável por pagar as assessorias para a venda do banco de que é accionista, o Novo Banco.

 

A consultoria, contratada pelo Banco de Portugal por "ausência de recursos próprios", entra em 2017 numa fase crucial.

 

A venda da instituição financeira poderá dar um novo passo esta semana, já que um dos candidatos, a americana Lone Star, mantém a data-limite de 4 de Janeiro para permanecer na corrida pelo banco presidido por António Ramalho. O conselheiro de Estado Marques Mendes assegurou, no seu habitual comentário semanal na SIC, que a Lone Star é a melhor posicionada no processo de alienação depois dos problemas dos chineses do Minsheng Financial Group, com a melhor oferta financeira, para apresentar as garantias bancárias.

Além dos americanos da Lone Star e dos chineses do Minsheng, estão na corrida o consórcio Apollo/Centerbridge e os bancos BCP e BPI.

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