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Sérgio Monteiro tem novo contrato de até 6 meses por 25 mil euros por mês
Tal como o Negócios noticiou, Sérgio Monteiro ganhou em Novembro mais três meses para vender o Novo Banco. Mas o contrato pode ir até Abril. O antigo governante continua a receber 25,4 mil euros por mês.
O novo contrato de Sérgio Monteiro para vender o Novo Banco estende-se até ao final deste mês. Contudo, as cláusulas contratuais prevêem que possa ir até Abril. As condições financeiras mantêm-se: uma remuneração de 25,4 mil euros por mês.
"O contrato inicia-se a 1 de Novembro de 2016 e mantém-se em vigor pelo prazo de três meses, considerando-se automaticamente renovado por períodos sucessivos de um mês, até um máximo de três meses, se nenhuma das partes não o denunciar, sem prejuízo das obrigações acessórias que devam perdurar para além da sua cessação", assinala o contrato publicado a 5 de Dezembro no portal Base. O primeiro contrato foi de Novembro de 2015 até ao mesmo mês do ano seguinte, pelo que este lhe dá continuidade.
O Negócios tinha já noticiado, no final de Outubro, a extensão da ligação entre Sérgio Monteiro e o Banco de Portugal por três meses, isto é, até Janeiro, mas o documento publicado no Base menciona a possibilidade de o contrato prolongar-se até Abril. O antigo secretário de Estado dos Transportes está a gerir o processo de venda do Novo Banco desde o final de 2015 e a intenção inicial era fechar o dossiê no ano passado, o que não aconteceu.
As condições contratuais mantêm-se idênticas no segundo contrato: Sérgio Monteiro aufere uma remuneração bruta de 25,4 mil euros por mês, acrescidos de IVA. O primeiro contrato, de 12 meses, custou ao regulador da banca 304,8 mil euros enquanto este último tem um custo de 152,4 mil. A ambos os valores acresce o do imposto. Mensalmente, são os 25,4 mil euros, a que se soma o IVA. Com uma taxa de 23%, o valor bruto recebido supera os 30 mil euros.
Aquando do primeiro contrato, o Banco de Portugal quis assegurar dois aspectos: Sérgio Monteiro tem uma remuneração igual à que recebia no CaixaBI antes de ir para o Governo de Passos Coelho; e presta serviços ao Fundo de Resolução, a entidade que será responsável por pagar as assessorias para a venda do banco de que é accionista, o Novo Banco.
A consultoria, contratada pelo Banco de Portugal por "ausência de recursos próprios", entra em 2017 numa fase crucial.
A venda da instituição financeira poderá dar um novo passo esta semana, já que um dos candidatos, a americana Lone Star, mantém a data-limite de 4 de Janeiro para permanecer na corrida pelo banco presidido por António Ramalho. O conselheiro de Estado Marques Mendes assegurou, no seu habitual comentário semanal na SIC, que a Lone Star é a melhor posicionada no processo de alienação depois dos problemas dos chineses do Minsheng Financial Group, com a melhor oferta financeira, para apresentar as garantias bancárias.
Além dos americanos da Lone Star e dos chineses do Minsheng, estão na corrida o consórcio Apollo/Centerbridge e os bancos BCP e BPI.