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Marques Mendes: Lone Star abdica da garantia de Estado para ficar com o Novo Banco
O comentador afirmou, no seu espaço de opinião da SIC, que o fundo norte-americano Lone Star também admite integrar parceiros nacionais na sua proposta de compra do Novo Banco.
Luís Marques Mendes diz que os norte-americanos da Lone Star estão dispostos a abdicar da exigência da garantia de Estado que tinham colocado na proposta de compra do Novo Banco.
"Ao que se diz [os norte-americanos da Lone Star] estão disponíveis para nas próximas negociações deixarem cair a exigência de garantia do Estado. Se assim for, é mesmo uma vitória do Governo", afirmou Marques Mendes este domingo, 29 de Janeiro, no seu espaço de opinião semanal na SIC, que o Negócios publica integralmente online e na sua edição de impressa de segunda-feira.
O comentador acrescentou que fundo norte-americano Lone Star está mesmo empenhado em comprar o Novo Banco, o que é visível no facto de se encontrarem a "investir na melhoria da sua imagem" e de já admitirem "ter alguns parceiros nacionais".
O aval público reclamado pela Lone Star tinha com finalidade cobrir o risco associado a alguns activos do Novo Banco, embora o fundo norte-americano se propusesse dividir com o Fundo de Resolução as receitas que pudesse vir a obter no futuro com este património.
Ao deixar cair esta exigência, a Lone Star poderá querer só para si os proveitos futuros da recuperação de créditos considerados de cobrança muito difícil, tal como o Negócios avançou a 9 de Janeiro.
Neste momento existem dois candidatos à compra do Novo Banco, ambos norte-americanos, a Lone Star e o consórcio Apollo/Centerbridge. Pelo caminho ficaram os chineses do Misheng, por alegadamente não terem conseguido apresentado garantias financeiras que suportasse a sua proposta de compra.
Segundo o Ministério das Finanças o processo de venda do Novo Banco avança com "bastante intensidade".