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Tomás Correia pôs em ata que é o Montepio que lhe paga as multas

O presidente da Associação Mutualista está protegido caso o Banco de Portugal ou o Ministério Público o acusem de ilegalidades ou atos de gestão danosa, escreve o público desta quarta-feira. A iniciativa foi sua e até ficou em ata.

06 de Março de 2019 às 09:15
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Em março do ano passado Tomás Correia preparou tudo para que fosse o Montepio a responsabilizar-se pelo pagamento de eventuais custos em que pudessem incorrer os "administradores pelos processos relacionados com a sua atividade" ou resultantes de "documentos emitidos por entidades oficiais". A notícia faz a manchete desta quarta-feira do jornal Público, que teve acesso à ata da assembleia geral onde a dita medida foi consagrada e aprovada.

 

Segundo o jornal, a referida ata escapou ao escrutínio dos associados e dos órgãos sociais por não ter ainda sido publicada no site oficial do banco.

 

Na prática, caso o Banco de Portugal ou o Ministério Público acusem Tomás Correia de ilegalidades ou atos de gestão irregulares ou danosos, este fica protegido, sendo o Banco a arcar com o pagamento de multas que lhe sejam aplicadas.

 

A dita deliberação terá sido introduzida de forma inesperada e está a causar polémica no banco, escreve o Público. É que, se é certo que a regra na banca passa por serem as instituições a assumirem os custos quando os gestores são alvo de processos movidos por decisões erradas, que levantam controvérsia ou por falhas processuais, já assim não é quando estão em causa práticas criminais. E, frisa o jornal, a concessão de créditos em larga escala a clientes sem pedir garantias e sem que o banco se tenha salvaguardado é suscetível de configurar estes crimes.

 

 

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