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Tomás Correia vai recorrer da condenação do Banco de Portugal

Tomás Correia e outros administradores do Montepio foram condenados pelo Banco de Portugal por violação das regras de controlo interno do banco. O presidente da mutualista vai recorrer.

22 de Fevereiro de 2019 às 13:04
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O Banco de Portugal condenou Tomás Correia e outros administradores do Montepio pela quebra das regras de controlo interno da instituição financeira. Perante esta condenação, o presidente da Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG) garante que vai recorrer desta decisão. 

O presidente da entidade que detém o Montepio "vai recorrer da decisão", afirma fonte oficial da mutualista ao Negócios, relembrando que o "prazo para impugnação está a decorrer".

Tomás Correia foi condenado pelo Banco de Portugal ao pagamento de 1,25 milhões de euros por irregularidades realizadas enquanto presidente da Caixa Económica, entre 2008 e 2015, avançou o jornal Público. O agora designado Banco Montepio também terá de pagar 2,5 milhões.

Quanto à possibilidade de esta condenação pôr em causa a permanência de Tomás Correia na liderança da associação mutualista, a mesma fonte explica que "não existe qualquer condenação, sanção acessória ou inibição ao exercício da profissão", trantando-se apenas "de uma decisão".  

 

Outros sete administradores executivos das equipas de Tomás Correia – José Almeida Serra, Álvaro Dâmaso, Eduardo Farinha, Rui Amaral, Paulo Magalhães, Jorge Barros Luís e Pedro Ribeiro – foram também condenados mas as coimas são menores.

A decisão do Banco de Portugal foi revelada aos visados esta quinta-feira, na sequência de uma ação que teve início no verão de 2014 com a auditoria forense à Caixa Económica Montepio Geral (CEMG). 

 

Em causa, refere o Expresso, estão várias violações do sistema de controlo interno do banco no âmbito da gestão do risco de crédito. Ou seja, foram aprovadas operações sem que houvesse análise de risco adequada, ausência de constituição de provisões para risco especifico de crédito e concessão de créditos a sociedades de que os administradores eram gestores.

 

Houve ainda incumprimento nos deveres de implementação de controlo interno na verificação da origem do dinheiro dos subscritores das unidades de participação do Montepio, como foi o caso do financiamento a Paulo Guilherme através do Finibanco Angola.

 

Os ilícitos em causa são relativos aos períodos entre 2009 e 2014. No total, foram identificados sete tipos de ilícitos. 

(Correção do valor da multa aplicada ao Montepio, que é de 2,5 milhões de euros e não de 3,5 milhões de euros e de Tomás Correia, que é de 1,25 milhões de euros e não de 1,5 milhões de euros)

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