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Tomás Correia: "Não acredito que haja minimamente condições para alguma condenação"

António Tomás Correia voltou a ser empossado como presidente do Montepio Geral. Fá-lo, recusando que venha a ser condenado no processo do Banco de Portugal. "O problema não se põe".

Inês Gomes Lourenço
03 de Janeiro de 2019 às 18:31
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No dia em que voltou a ser empossado presidente da Montepio Geral – Associação Mutualista, António Tomás Correia reiterou a sua defesa: não coloca a hipótese de vir a ser condenado no processo contra-ordenacional levantado pelo Banco de Portugal.

 

"Não acredito que haja minimamente condições, elementos, que possam implicar alguma condenação a mim próprio", afirmou Tomás Correia num encontro com jornalistas esta quinta-feira, 3 de Janeiro, antes da tomada de posse como presidente, para a qual foi legitimado pelas eleições de Dezembro passado.

 

Tomás Correia recusou comentar se considera que, sendo condenado nesse processo do Banco de Portugal, a actos praticados quando acumulava a presidência da Caixa Económica Montepio Geral, tem condições para permanecer à frente da mutualista. "Não discuto hipóteses".

 

"Essa é uma hipótese que não se coloca. Não tenho nenhuma intranquilidade em relação a essa matéria. Logo, o problema não se põe", continuou o responsável aos jornalistas.

Tomás Correia diz que já todas as testemunhas que convocou para serem ouvidas no processo já prestaram declarações, pelo que aguarda agora a posição do Banco de Portugal, que pode apontar para o arquivamento ou a condenação.

 

Só que o presidente do Montepio não quis esclarecer se o facto de uma eventual condenação ocorrer vai levar a um afastamento, à luz das novas regras impostas pelo renovado Código das Associações Mutualistas. Isto porque, sublinha, não antecipa qualquer condenação. A Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) é o novo supervisor financeiro, mas só em 2030 é que o Montepio tem de cumprir todas as regras actualmente impostas às companhias seguradoras.

 

O Banco de Portugal tem um processo contra-ordenacional aberto para investigar as ligações do Montepio ao Banco Espírito Santo e a Paulo Guilherme, o filho do construtor civil que concedeu uma liberalidade a Ricardo Salgado e que foi financiador da instituição financeira. Além deste processo, há investigações em curso no Ministério Público. 

 

Tomás Correia é presidente da associação Montepio desde 2008 e foi reeleito para um novo mandato de três anos no final do ano passado - a tomada de posse ocorreu esta quinta-feira, 3 de Janeiro de 2019. Já da caixa económica, foi presidente até 2015, altura em que o Banco de Portugal obrigou a uma separação na gestão das duas instituições.

O jurista quer cumprir o novo triénio até ao fim. Ao seu lado na administração estão Virgílio Lima e Carlos Beato, que já estavam no anterior conselho, a que se juntam Luís Almeida e Idália Serrão. 


(notícia actualizada às 18:38 com mais informações)

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