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Tiago Violas Ferreira: "Houve troca do controlo do BPI pelo BFA e pequenos accionistas é que pagam factura"
O responsável da Violas Ferreira Financial garantiu, à saída da assembleia-geral que aprovou a perda de controlo no BFA, que o negócio é "ruinoso" para o banco e para quem detém posições menores.
O accionista Violas Ferreira Financial votou contra a perda de controlo do BFA por parte do BPI porque o negócio é "ruinoso". Tiago Violas Ferreira não tem dúvidas que os pequenos accionistas foram prejudicados com a venda dos 2% do BFA à Unitel.
"Votámos contra porque é um negócio ruinoso vender o controlo por 28 milhões de euros. Havia outras alternativas que são públicas. Foi-se empurrando com a barriga. O BFA vale 1.400 milhões", salientou Violas Ferreira aos jornalistas, depois da assembleia-geral que aprovou a operação.
O accionista do banco português salientou depois que "a justificação foi que o BCE não deu alternativa, mas andou-se dois anos à volta". "Tínhamos uma proposta de fundir o BFA com a Caixa Angola. Era uma solução boa para ambas as partes, e foi ignorada. Em Outubro do ano passado, a Unitel quis vender 30% BFA em IPO e foi ignorado", lamentou Violas Ferreira.
O accionista referiu depois que pediu que "a Santoro [de Isabel dos Santos] não votasse e o presidente da mesa indeferiu". Violas Ferreira reconheceu depois que "tudo isto tem a ver com o preço, claro, achamos que o BPI vale muito mais, mas com a venda do BFA há destruição de valor, passagem de valor para a Unitel. Houve troca directa do controlo do BPI pelo do BFA e os pequenos accionistas é que pagaram a factura", referiu.
Violas Ferreira garantiu ainda que "as entidades competentes é que têm que actuar" agora, sem dar grandes detalhes.