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Ulrich: "Todas as condições para a OPA estão reunidas"
O CEO do BPI referiu, no final da assembleia-geral em que foi aprovada a venda de 2% do BFA, que se entrou numa fase "de execução" e que não há mais nada para negociar.
Dois anos depois, o BPI conseguiu finalmente aprovar uma solução para a exposição excessiva a Angola, que o Banco Central Europeu apontava como sendo crítica para o banco. E agora pode seguir a oferta pública de aquisição (OPA) dos catalães do CaixaBank à instituição portuguesa.
"Todas as autorizações de que o CaixaBank necessitava para a da OPA estão preenchidas e é uma questão de execução. Não tenho conhecimento do calendário", referiu o CEO do BPI, Fernando Ulrich.
O gestor garantiu ainda que as "dívidas de Angola nas várias frentes estão resolvidas" depois de dois dias em que se sucederam os comunicados a dar conta de pagamentos e autorizações. "O vendedor não entrega o bem que vende sem o valor a que tem direito. A verba que está em causa [28 milhões] não se põe em causa. A empresa Unitel é muito grande", salientou Ulrich, questionado sobre potenciais atrasos na transferência dos montantes pela venda dos 2%.
"Já disse que isto ia ser como na União Europeia, com negociações demoradas, mas no fim chegámos a uma conclusão positiva", salientou Fernando Ulrich, enquanto explicava as informações que o banco prestou ao mercado antes desta AG, que foi suspensa no dia 23 de Novembro, porque o CaixaBank queria certezas do BCE quanto à solução. O CEO do banco acredita ainda que a autorização para a transferência de dividendos do BFA relativos a 2014 deverá ser autorizada por Angola nos próximos dias. O pagamento dos dividendos de 2015 já foi autorizado.
O capital presente na AG foi de 84%, sendo que desse universo 76% abstiveram-se de votar.
"Vamos continuar em frente poderemos estar ainda mais foçados nos clientes e negócios. Mas isto teve impacto num número muito restrito de pessoas. O BPI continua bem e ficará ainda mais forte", salientou Fernando Ulrich.