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Só o "contribuinte Ricardo Salgado" poderá falar sobre correcções fiscais

O assessor fiscal que ajudou Ricardo Salgado a fazer correcções fiscais escudou-se em dois factores para não falar do tema: no segredo de justiça e no facto de não ser ele o contribuinte.

Bruno Simão/Negócios
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José Macedo Pereira era revisor oficial de contas do Grupo Espírito Santo e foi quem assessorou Ricardo Salgado a fazer correcções fiscais devido aos 14 milhões de euros recebidos do construtor civil José Guilherme. Mas não quis falar sobre o tema na comissão parlamentar de inquérito à gestão do BES e do GES.

 

"O assunto está em segredo de justiça", disse José Macedo Pereira (na foto) na audição desta terça-feira, 6 de Janeiro de 2015. O responsável invocou ainda o segredo fiscal para não falar sobre esta questão.

 

A única questão de que o revisor falou foi a indicação de que é a Ricardo Salgado que cabe falar sobre o tema da correcção fiscal em que teve de reconhecer 14 milhões de euros de uma liberalidade recebida de José Guilherme, o que fez através de um RERT (Regime Especial para a Regularização Tributária, que permitiu, em vários anos, declarar rendimentos não anteriormente reconhecidos perante o Estado português).

 

"Já aqui esteve o contribuinte Ricardo Salgado. Só ele é responsável e só ele poderá responder", começou. "Ricardo Salgado já aqui veio e li nos jornais que poderá voltar. Ele é o responsável pelas obrigações fiscais", acrescentou.

 

O revisor oficial de contas defende que se limitou a fazer uma assessoria em que recebeu documentos e encontrou justificações para esses documentos. Na sua audição, Salgado não falou sobre o tema, escudando-se no segredo de justiça. 

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