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Ricciardi compara defesa de Salgado à de Sócrates e classifica-a de "ridícula"

O líder do BESI defende, num comunicado de resposta à defesa de Salgado, que qualquer crítica do banqueiro é sempre abonatória para o Ricciardi. É um "triste ensaio" a tentativa de "envolver terceiros nas responsabilidades próprias", diz ainda.

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"Transpõe os limites do ridículo". É assim que José Maria Ricciardi, através do seu advogado, responde à defesa de Ricardo Salgado no primeiro processo de contra-ordenação interposto pelo Banco de Portugal no âmbito do caso Banco Espírito Santo. Aí, o ex-banqueiro insinua que Ricciardi foi cúmplice de Passos Coelho na aplicação de uma medida de resolução ao banco.

 

E para uma insinuação política da equipa de advogados de Ricardo Salgado, liderada por Francisco Proença de Carvalho, há uma resposta com outra insinuação política.

 

"O Dr. Ricardo Salgado e os seus advogados optaram, ao que tudo indica, em transformar publicamente uma conduta com óbvias conotações de natureza criminal num processo de perseguição política que transpõe os limites do ridículo, na esteira da defesa que o eng. José Sócrates tem vindo a promover na ‘Operação Marquês’", indica o comunicado do advogado de Ricciardi, Pedro Reis.

 

Da mesma forma, o representante judicial do líder do BESI, actualmente em processo de venda do Novo Banco à Haitong, considera que a defesa de Salgado persiste "no triste ensaio de envolver terceiros nas responsabilidades próprias". "Seria mais avisado que o Dr. Ricardo Salgado e seus advogados se inquietassem com as consequências que tal opção acarreta para a perturbação das investigações criminais que estão em curso e que sobre ele incidem", propõe.

 

"Era tempo de o Dr. Ricardo Salgado e seus advogados compreenderem que qualquer imputação que façam em desabono ou desfavor do Dr. José Maria Ricciardi tem, como único efeito, a valorização pública do meu representado", conclui ainda o comunicado enviado por Pedro Reis às redacções.

 

Na defesa de Ricardo Salgado, há várias insinuações relativas ao primo: "a idoneidade de quase todos os membros da Família Espírito Santo que geriram o BES desapareceu, excepto a do Dr. José Maria Ricciardi que continua totalmente idóneo para o exercício de funções de gestão no sector e que, felizmente, ao contrário de todos os outros membros da Família, continua a ficar muito bem na fotografia com os principais responsáveis políticos do País". No documento, também são feitas referências à ligação entre o primeiro-ministro e Ricciardi.

Foram conhecidas esta quinta-feira, as linhas da defesa de Ricardo Salgado na primeira acusação feita pelo Banco de Portugal.

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