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Regulador dos seguros abre a porta à saída de Tomás Correia do Montepio

A Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões já terá sinalizado, de forma informal, que Tomás Correia não tem condições para continuar à frente da Associação Mutualista Montepio Geral.

Inês Gomes Lourenço
17 de Outubro de 2019 às 09:31
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A Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) terá dado praticamente por fechada a avaliação à idoneidade de Tomás Correia. E chegado à conclusão de que o responsável não tem condições para continuar à frente da Associação Mutualista Montepio Geral, avança o Público

A decisão é tomada depois de, em outubro de 2018, o primeiro-ministro ter recebido uma carta de aviso relativamente à situação na Associação Mutualista Montepio Geral e um pedido: a substituição de Tomás Correia na presidência desta entidade, de maneira a evitar-se "potenciais consequências trágicas sobre os 620 mil associados". 

Agora, um ano depois, Tomás Correia pode estar perto de sair da liderança da entidade que detém o Banco Montepio. Isto depois de a ASF já ter dado este sinal, de forma informal, de maneira a dar tempo ao gestor de preparar a sua sucessão, explica o jornal. 

Apesar de sair dos órgãos executivos da mutualista, Tomás Correia poderá, ainda assim, continuar na equipa enquanto administrador não executivo. 

Mais detalhes poderão ser conhecidos na próxima semana, quando se realizar a reunião do Conselho Geral da Associação Mutualista Montepio Geral. Esta está marcada para dia 24 de outubro, disse fonte oficial da mutualista à Lusa, esta quarta-feira.

Esta reunião será a última antes da alteração dos estatutos e sua subsequente extinção, de forma a entrar em conformidade com o novo Código das Associações Mutualistas. Questionada sobre a possibilidade de Tomás Correia renunciar à presidência nesta reunião, a mesma fonte negou.

Segundo a proposta de novos estatutos, publicada a 2 de outubro no site da mutualista, a Associação Mutualista Montepio Geral terá quatro órgãos sociais: assembleia-geral, Conselho de Administração, Conselho Fiscal e Assembleia de Representantes. Desaparece o Conselho Geral.

A assembleia de representantes é o novo órgão social. Pelo novo Código das Associações Mutualistas, este tem obrigatoriamente que ser criado no caso de mutualistas com mais de 100 mil associados e, segundo a proposta conhecida, terá 30 elementos. Uma vez que tem de ser eleita, havia a dúvida sobre se haverá eleições também para os restantes órgãos sociais.

A assembleia-geral extraordinária da Associação Mutualista Montepio Geral para alteração dos estatutos, para que fiquem em linha com o novo código mutualista, publicado no ano passado, foi convocada para 04 de novembro, no Coliseu de Lisboa.
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