Notícia
PSD não quer "rupturas" na supervisão bancária e teme influência do Governo
A deputada social-democrata defende que não faz sentido assumir “riscos desnecessários” com rupturas na supervisão financeira.
Maria Luís Albuquerque defende que não pode haver modificações abruptas na supervisão financeira em Portugal. Foi um dos argumentos deixados na apresentação dos seus diplomas no debate parlamentar esta terça-feira, 19 de Setembro.
"Não deixamos de considerar prementes alterações [na supervisão do sistema financeiro] mas sem causar rupturas nem perturbações no sistema financeiro", declarou a antiga ministra das Finanças.
A deputada social-democrata não fez, na sua intervenção, considerações sobre a reforma da supervisão financeira apresentada pelo grupo de trabalho promovido pelo Governo e que foi liderado por Carlos Tavares, que propõe, por exemplo, o fim do Conselho Nacional de Supervisores Financeiros. Já o PSD, na sua proposta, propõe uma maior autonomia e poder para este órgão.
Maria Luís Albuquerque quer evitar "riscos desnecessários associados a rupturas, incluindo a sua articulação e integração na arquitectura europeia". Além disso, a deputada social-democrata diz que é necessário salvaguardar "como elemento fundamental a sua independência e autonomia face ao poder político".
Esta terça-feira, Passos Coelho fez considerações sobre o projecto do Executivo, que prevê a criação de um Conselho Superior de Política Monetária, presidido pelo ministro das Finanças, com capacidade para avaliar o impacto orçamental de medidas na banca. "Se o que queremos é reforçar a independência dos supervisores, depois não podemos fazer um Conselho de Supervisores onde está o Governo", considerou.
(Notícia actualizada com mais informação às 16:15)