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Papel Comercial: Resolução do BES "alterou a relação de todos nós com o banco"
Nuno Amado considera que no dia em que foi decidida a resolução do Banco Espírito Santo "houve uma alteração da relação de todos nós com o banco, incluindo os detentores de papel comercial".
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Questionado esta segunda-feira, 4 de Maio, sobre a situação dos detentores de papel comercial do Banco Espírito Santo, Nuno Amado começou por dizer que "não conheço essa matéria". Ainda assim, o presidente executivo do BCP acabou por afirmar que "é claro para nós que no dia em que foi decidida a resolução do BES houve uma alteração da relação de todos nós com o banco, incluindo os detentores de papel comercial". "Foi uma das consequências deste processo", sublinhou Nuno Amado, acrescentando que a banca também "não esperava que o fundo de resolução tivesse que vir a suportar eventuais perdas com a venda do Novo Banco".
Sobre o impacto da venda do banco de transição no sistema financeiro, Nuno Amado disse esperar que seja muito pequeno. "Se as perdas forem reduzidas, muito bem. O fundamental é que o processo seja feito de forma razoável", acrescentou.
"Sou mais favorável à certificação de colaboradores do banco na intermediação de produtos de maior risco", defendeu Nuno Amado quando questionado sobre a intenção do Banco de Portugal de criar espaços diferentes para vender produtos financeiros de maior risco, como o papel comercial. "Também percebo a separação dos espaços de comercialização defendida pela supervisão", mas para Nuno Amado o fundamental "é a boa formação e certificação, clientes devidamente analisados e perfilados para poderem ter acesso a esses produtos e a um bom processo de venda".
O banqueiro não deixou de alertar que "às vezes os clientes esquecem o risco para terem mais rentabilidade".
(Notícia actualizada às 18h40)