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CaixaBI e UBS realçam resultados acima das estimativas do BCP

Os analistas do CaixaBI e do UBS sublinham que os resultados do banco liderado por Nuno Amado ficaram acima das estimativas, realçando em particular os resultados alcançados nas operações internacionais.

Bruno Simão/Negócios
05 de Maio de 2015 às 11:37
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As unidades de investimento do Caixa Banco de Investimento (CaixaBI) e do UBS emitiram esta terça-feira, 5 de Maio, as análises aos resultados do BCP referentes ao primeiro trimestre e que foram apresentados ontem, 4 de Maio.

 

Tanto o CaixaBI como o UBS destacam que os lucros de 70,4 milhões de euros alcançados pelo banco liderado por Nuno Amado nos primeiros três meses deste ano ultrapassaram as estimativas dos seus próprios analistas. Enquanto o CaixaBI antecipava lucros de 51,5 milhões de euros, o UBS esperava lucros de somente 44 milhões de euros.

 

Ambas as notas de "research" realçam os resultados conseguidos pelas operações internacionais do BCP. O banco suíço fala em "performance sólida" registada nos negócios no exterior, e o banco português refere a subida de 15% face ao primeiro trimestre de 2014 para um resultado de 54,9 milhões de euros. Ambos destacam especialmente a rendibilidade dos capitais de 11% conseguida no mercado polaco e de 21% nos mercados de Angola e Moçambique.

 

Quanto às operações no mercado português, o UBS realça os lucros de 14,8 milhões de euros e destaca a diminuição dos custos de 8% face ao período homólogo. No entanto, realça que o capital de risco permanece elevado em Portugal.

 

Já o CaixaBI nota que as principais tendências verificadas nos primeiros três meses deste ano "confirmam a recuperação financeira", para o que contribuiu a redução dos custos dos depósitos e o menor custo com obrigações CoCos (obrigações convertíveis em acções mediante determinadas condições).

 

Os analistas da unidade de investimento da Caixa Geral de Depósitos destacam também os ganhos não recorrentes em receitas com operações financeiras, que foram de 200,1 milhões de euros, um valor que compara com as estimativas de apenas 75,6 milhões, algo conseguido essencialmente devido às "mais-valias com a alienação de dívida pública portuguesa".

 

Também os custos operacionais caíram 2,5% relativamente a igual período do ano passado para um total de 276,6 milhões de euros, lembra o CaixaBI antes de sublinhar que a redução total de custos em Portugal foi de 7,8% comparativamente com o período homólogo. Para o que contribuiu o encerramento de 53 balcões e a redução de 821 colaboradores para os 7.654. Assim, os custos com pessoal caíram 12,4% face ao período homólogo.

 

Já o crédito sobre risco, que no final de 2014 era de 12,0%, subiu ligeiramente no final de Março de 2015 para os 12,1%, refere o CaixaBI que aponta ainda o reforço da liquidez com o aumento homólogo de 3,7% do volume de depósitos para os 50,8 mil milhões de euros, que se regista paralelamente a uma descida de 2,2% da carteira de crédito, face a igual período de 2014, para os 58,1 mil milhões de euros.

 

Em jeito de conclusão, o CaixaBI nota que além de superar as estimativas, este resultado "traduz o primeiro trimestre com resultados positivos desde o primeiro trimestre de 2012", verificando-se assim "uma dinâmica de recuperação da margem financeira consolidada do banco de +39% em termos homólogos".

 

O CaixaBI decidiu manter a recomendação do BCP em "comprar", reiterando também o preço-alvo nos 14 cêntimos, o que face à actual cotação dos títulos de 0,93 cêntimos representa um potencial de valorização de 50,54%.

 

Já o UBS também mantém a recomendação em "neutral", mantendo ainda o preço-alvo do BCP nos 0,7 cêntimos, representativos de um potencial de desvalorização de 24,73% face à cotação de 0,93 cêntimos em que as acções do banco seguem a negociar na sessão bolsista desta terça-feira.

 

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.

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